ATA
DA NONAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 10-10-2011.
Aos
dez dias do mês de outubro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida
pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ
Cassiá, Dr. Raul Torelly, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Lurdes da Lomba, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo
Santos e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Dr. Thiago Duarte,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luciano
Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Paulinho
Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e
Toni Proença. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação, emitidos no dia treze de
setembro do corrente. Às quatorze horas e dezoito minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas vinte e oito
minutos. Após, a senhora Presidenta registrou a presença do deputado federal Danrlei de
Deus Hinterholz, Presidente Estadual do Partido
Social Democrático – PSD –, convidando Sua Excelência a integrar a Mesa dos
trabalhos. Em prosseguimento, foi apregoado o Memorando nº 001/11, de autoria
dos vereadores Bernardino Vendruscolo, Nelcir Tessaro e Tarciso Flecha Negra,
informando as desfiliações de Suas Excelências, respectivamente, do PMDB, do
PTB e do PDT e suas filiações ao PSD. Também, foi apregoado Termo de autoria do
vereador Bernardino Vendruscolo, informando a indicação dos nomes dos
vereadores Bernardino Vendruscolo e Tarciso Flecha Negra, respectivamente, como
Líder e Vice-Líder da Bancada do PSD. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador Nelcir Tessaro. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra ao
deputado federal Danrlei de Deus Hinterholz, que
saudou a constituição, neste Legislativo, da Bancada do PSD. Às quatorze horas
e trinta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às quatorze horas e quarenta e um minutos. A seguir, a senhora
Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor Sandro Chimendes
Porciúncula, Presidente da União das Associações de Moradores de Porto Alegre –
UAMPA –, que discorreu sobre o 14º Congresso Ordinário da UAMPA e sobre o
transcurso do aniversário de fundação dessa entidade, a ocorrer no dia
dezesseis de outubro do corrente. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do
Regimento, os vereadores Reginaldo Pujol, Lurdes da Lomba, DJ Cassiá,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Paulinho Rubem Berta, Mario Fraga,
Dr. Raul Torelly, Luiz Braz, Pedro Ruas e Toni Proença manifestaram-se acerca
do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Após, a senhora Presidenta concedeu
a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, ao senhor Sandro
Chimendes Porciúncula. A seguir, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos
pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente
este Legislativo: nº 083/11, de autoria do vereador Carlos Todeschini, hoje, no
Fórum Regional de Justiça e Segurança da Lomba do Pinheiro, às dezenove horas,
em Porto Alegre; nº 089/11, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, na
solenidade de assinatura do Termo de Adesão ao Programa Minha Casa, Minha Vida
2, entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Caixa Econômica Federal, às quatorze
horas e trinta minutos, no Salão Nobre do Paço dos Açorianos, em Porto Alegre;
e nº 049/11, de autoria do vereador Waldir Canal, hoje, na terceira reunião do
Comitê Estadual de Mobilização pela Segurança no Trânsito, às quatorze horas,
na Federação das Associações de Municipários do Rio Grande do Sul – FAMURS –,
em Porto Alegre. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Mario
Manfro, deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo, no dia seis de outubro do corrente,
em evento promovido pelo Centro de Reabilitação de Porto Alegre – CEREPAL –,
relativo à arrecadação de fundos para essa entidade. Também, foi apregoado o
Memorando nº 168/11, de autoria da vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da
Câmara Municipal de Porto Alegre, informando alteração no objeto e na data de
representação externa de Sua Excelência inicialmente prevista para os dias seis
e sete de outubro do corrente, que passa a ser no dia seis de outubro do
corrente, em Sessão Especial de posse do senhor Adroaldo Mousquer Loureiro no
cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, às
dezesseis horas, no Auditório Romildo Bolzan do Palácio Flores da Cunha, em Porto
Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se o vereador Mario Fraga e a
vereadora Maria Celeste. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores
Mario Fraga, Mauro Pinheiro, João Antonio Dib, Pedro Ruas, Carlos Todeschini,
este pela oposição, Lurdes da Lomba, Alceu Brasinha e Elias Vidal. Na
oportunidade, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pela
senhora Presidenta, solicitando votação em destaque para Emendas apostas ao
Projeto de Lei do Executivo nº 031/11 (Processo nº 3043/11): de autoria do
vereador João Antonio Dib, com relação às Emendas nos 07, 10 e 11; e
de autoria do vereador Luiz Braz, com relação às Emendas nos 01 e
02. Em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Após, a
senhora Presidenta registrou o nascimento, hoje, de João Pedro Suleiman Shama
Pereira Duarte, filho do vereador Dr. Thiago Duarte. Às dezesseis horas e
quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, foram apregoados Requerimentos de autoria dos
vereadores João Antonio Dib e Pedro Ruas, deferidos pela senhora Presidenta,
solicitando a retirada de pedidos de destaque para a votação, respectivamente, das Emendas nos
07 e 09 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/11. Em Discussão Geral e
Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 031/11 (Processo nº 3043/11),
após ser discutido pelos vereadores Pedro Ruas, Adeli Sell, Elói Guimarães,
Reginaldo Pujol, Idenir Cecchim, Mauro Pinheiro, Aldacir José Oliboni, Alceu
Brasinha, Sebastião Melo, João Antonio Dib e Toni Proença. Durante a apreciação
do Projeto de Lei do Executivo nº 031/11, os vereadores Mario Fraga, Nilo
Santos e DJ Cassiá cederam seus tempos de discussão aos vereadores Adeli Sell,
Sebastião Melo e Alceu Brasinha, respectivamente. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/11, por
seis votos SIM, dezesseis votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à
votação pelo vereador Luiz Braz, em votação nominal solicitada pela vereadora
Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo,
Elói Guimarães, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Nelcir Tessaro e Reginaldo Pujol,
votado Não os vereadores Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Lurdes da Lomba,
Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos,
Professor Garcia, Sebastião Melo e Toni Proença e optado pela Abstenção os
vereadores Alceu Brasinha e João Antonio Dib. Foi votada destacadamente e
aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/11, após
ser encaminhada à votação pelos vereadores Luiz Braz e Reginaldo Pujol. Foi
votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 08 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 031/11, por quatro votos SIM e vinte e um votos NÃO, em votação
nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim as vereadoras
Fernanda Melchionna, Lurdes da Lomba e Maria Celeste e o vereador Mauro
Pinheiro e Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz
Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 11 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/11, após
ser encaminhada à votação pelo vereador Reginaldo Pujol. Em continuidade, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador João Carlos Nedel,
solicitando a votação conjunta das Emendas nos 03, 05, 06, 07, 10,
12, 13 e 14 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/11. Foram votadas
conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 03, 05, 06, 07, 10, 12, 13
e 14 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/11, por vinte e um votos
SIM, um voto NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador
Professor Garcia, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luciano Marcantônio, Lurdes da Lomba, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Sebastião Melo e Toni
Proença, votado Não o vereador Professor Garcia e optado pela Abstenção o
vereador Reginaldo Pujol. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 031/11.
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 017/11
(Processo nº 1786/11). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 121/11 (Processo nº 2798/11). A seguir, o vereador Reginaldo
Pujol formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora Presidenta, solicitando
a inclusão do Requerimento nº 081/11 (Processo nº 3451/11) na priorização para
a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº
081/11 (Processo nº 3451/11). Às dezoito horas e trinta e um minutos, a senhora
Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos
018/11, discutido pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Reginaldo Pujol e Nelcir
Tessaro, e 017/11, discutido pelo vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 152/11, discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, o Projeto de
Lei do Executivo nº 018/11, o Projeto de Resolução nº 031/11; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 149 e 150/11, este discutido pelo
vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Resolução nº 030/11, discutido pelos
vereadores Nelcir Tessaro e João Carlos Nedel. Durante a Sessão, os vereadores
Nilo Santos, Carlos Todeschini, Reginaldo Pujol, Pedro Ruas, Elias Vidal, Luiz
Braz, Luciano Marcantônio, Elói Guimarães, João Carlos Nedel e Toni Proença
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezoito horas e cinquenta e
nove minutos, nada mais havendo a tratar, a senhora Presidenta declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quinta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni
Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 2º Secretário
e pela senhora Presidenta.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Há quórum.
Convido os Srs. Vereadores para inaugurarmos a nossa estante pública, aqui neste andar. A estante foi realizada pelo nosso Setor de Obras, e vai servir para os funcionários fomentarem a leitura na Casa, e também os munícipes que passam por aqui. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h18min.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h28min): Estão
reabertos os trabalhos.
Convido o
nosso Deputado Federal Danrlei de Deus Hinterholz para compor a Mesa dos
trabalhos conosco. Ele também é Presidente estadual do novo Partido, o PSD.
Bem-vindo a esta Casa.
O SR. NELCIR TESSARO: Presidente, nós protocolamos o pedido de criação da nossa Bancada do
PSD. Cumprimento o nosso Presidente estadual, o Deputado Danrlei. Requeremos o
período de Liderança, se possível.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com certeza, Ver. Nelcir Tessaro, parabéns.
Apregoo
que os Vereadores Nelcir Tessaro, Tarciso Flecha Negra e Bernardino Vendruscolo
vêm comunicar a desfiliação, respectivamente, do Partido Democrático
Trabalhista – PDT; do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB; e do Partido do
Movimento Democrático do Brasil – PMDB. Comunicam, ainda, as suas filiações ao
Partido Social Democrático – PSD, requerendo sejam realizadas as anotações de
estilo. Assinam os Vereadores Nelcir Tessaro, Bernardino Vendruscolo e Tarciso
Flecha Negra.
Apregoo o
Termo de Indicação de Líder e Vice-Líder do PSD: a partir do dia 10 de outubro
de 2011, a Liderança da Bancada do Partido Social Democrático – PSD
constituir-se-á nos seguintes termos: Líder, Ver. Bernardino Vendruscolo;
Vice-Líder, Ver. Tarciso Flecha Negra. Assina o Ver. Bernardino Vendruscolo, já
como Líder da Bancada do PSD. (Palmas.)
O Ver. Nelcir
Tessaro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente da
Câmara, Verª Sofia Cavedon; meu Presidente de Partido, Deputado Danrlei de
Deus, aqui nos prestigiando nesta data; Ver. Bernardino Vendruscolo, meu colega
de Partido, Líder da Bancada; Ver. Tarciso, que não se encontra aqui neste
momento; colegas Vereadores, público que nos assiste; venho a esta tribuna, no
dia de hoje, para comunicar a formação da nossa Bancada do PSD, formada por mim, pelo Ver. Bernardino Vendruscolo, na Liderança, e pelo Ver.
Tarciso Flecha Negra.
Quero dizer que foram
21 anos de Partido Trabalhista Brasileiro, Presidente Elói Guimarães; 21 anos
em que lutamos para o crescimento daquele grande Partido. Quando lá ingressei,
em 1990, 1991 – lembro muito bem –, fazíamos as nossas reuniões, tínhamos as
nossas zonais, na época do João Satte, dos sattes, do Pedro Satte; fazíamos, na
Zona Norte, diversas reuniões. Nós fazíamos com que fosse nossa sede das zonais
as casas das pessoas designadas a Presidente. Lembro muito bem – e o Presidente
de Honra, Sérgio Zambiasi, também diz isso, e agradeço a ele a oportunidade de
ter estado naquele grande Partido – que, na época, o nosso Partido, Ver. Elói,
cabia numa Kombi, porque éramos um Partido pequeno, que tinha expressão
estadual, mas não tinha expressão municipal. Na época, o nosso slogan era “O PTB Volta à Praça”.
Foi uma grande
história. Consegui concorrer por cinco vezes pelo Partido Trabalhista
Brasileiro. Chegamos à maturidade; o PTB tem um enorme tamanho hoje, e, assim,
segue adiante. Nós decidimos e definimos mudar, construir um novo Partido em
Porto Alegre. Em viagem, na semana passada, conversando como Dep. Danrlei,
recebi o convite para ingressar no Partido. Evidentemente, relutei um pouco
devido à emoção, mas, na ocasião, aceitei, porque queremos fazer uma disputa na
majoritária, em 2012, para a Prefeitura de Porto Alegre. Vendo que o PTB já
estava definido praticamente fora da majoritária, vi a esperança daquilo que
dizíamos em anos anteriores: voltar à praça, àquela praça que um dia já foi do
PTB. Hoje, queremos que o PSD esteja naquela praça.
Essa foi uma grande
história, Ver. Bernardino Vendruscolo, o qual sei que também relutou, trabalhou
e galgou os espaços e degraus dentro do Partido, do PMDB, do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro, que é um Partido que sempre teve afinidades
com o PTB. Assim, com grandes afinidades, buscamos pessoas afins, mantivemos
contato com o Ver. Bernardino Vendruscolo, que estava disposto; seguimos
adiante para fazer com que ele estivesse presente nesta grande Bancada.
Quero ler apenas
algumas palavras do Ver. Tarciso, que está em viagem, e diz (Lê.): “Firmei
minha filiação no Partido Social Democrático (PSD) através de convite feito
pelo Presidente Estadual, Deputado Federal Danrlei de Deus Hinterholz. Encarei
esse desafio porque vi a possibilidade de seguir lutando pela inclusão social
através do esporte e educação, que é minha maior bandeira como político. Divido
com Danrlei e com os demais integrantes do PSD opiniões, objetivos e uma grande
disposição do grupo em apresentar uma nova proposta política para a sociedade.”
Assim nos entendemos.
Somos de um Partido que nasceu justamente para buscar um espaço. Quero aqui
deixar bem claro que não somos oposição ao Governo atual, mas também não somos
situação. Somos um Partido que vai votar o que é importante para a Cidade;
votar sem atrelamento ao Executivo, mas votar com independência e com
responsabilidade para o crescimento de nossa Capital.
Quero agradecer aos
meus colegas de Bancada do PTB, aos colegas Vereadores, na pessoa do nosso
Presidente Elói Guimarães; agradecer a todos do PTB, lá do velho PTB, de quando
ingressei, ao Manoel Maria, o primeiro a me receber; ao Sérgio Zambiasi, ao
Claudio Manfroi – esse foi o trio que me recebeu. Depois, aos nossos Deputados,
o Ivandre. Agradeço a toda Executiva Municipal, a Executiva Estadual e também a
Nacional, da qual fazia parte.
Apenas mudamos de
sigla – e tenho certeza de que falo pelo nosso colega Bernardino Vendruscolo,
mas não mudamos a nossa personalidade e não mudamos de amigos, continuamos
amigos, amigos dos Partidos.
Sempre digo que a
minha grande casa de 21 anos foi o PTB. Hoje, por várias situações ou por
querer seguir um novo rumo, estamos no PSD, e queremos construir este Partido
Social Democrático com responsabilidade social e com responsabilidade
ambiental, e queremos o crescimento de Porto Alegre, mas um crescimento
sustentável para ajudarmos o Executivo a acabar com parte dessa injustiça
social que ocorre hoje em nosso Município. Muito obrigado, colegas Vereadores.
Agradeço a oportunidade, agradeço ao meu Presidente Danrlei e agradeço a todos
colegas, e digo: obrigado ao PTB pelos 21 anos! (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Danrlei de Deus Hinterholz está com a
palavra. É uma honra tê-lo conosco.
O SR. DANRLEI
DE DEUS HINTERHOLZ: Boa-tarde, Presidente; boa-tarde, Srs. Vereadores.
Apenas estou aqui para saudar meus caros colegas e colocar a todos os
Vereadores aqui presentes que o PSD veio para ser um parceiro, veio para ser
mais um Partido amigo de todos, mas, como falei, parceiro do que é bom. Vai ser
um parceiro a favor da sociedade, a favor da comunidade, a favor dos
porto-alegrenses.
Então, todos os que tiverem esse mesmo interesse,
essa mesma vontade de fazer o bem, de fazer com que Porto Alegre, a cada dia,
possa crescer e se tornar uma capital melhor podem ter certeza de que vocês
terão o PSD como parceiro de vocês. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Quero parabenizar a nova Bancada e seus novos
integrantes, queridos e conhecidos parceiros nossos de tantas discussões,
Vereadores com quem sempre mantemos um excelente trato. O Deputado Federal
Danrlei, pode ter certeza disso – o Ver. Tarciso não está neste momento, mas já
conquistou a todos, assim como o Ver. Bernardino Vendruscolo, amigo de todos
nós. Parabéns, Bernardino, parabéns, Ver. Nelcir Tessaro, e que seja muito
profícua a caminhada desse Partido na nossa cidade de Porto Alegre.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h39min.)
A SRA.
PRESIDENTA (Sofia Cavedon – às 14h41min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos à
A Tribuna Popular de hoje tratará do 14º Congresso
Ordinário da UAMPA – União das Associações de Moradores de Porto Alegre.
O Sr. Sandro Chimendes Porciúncula, Presidente da
UAMPA, está com a palavra pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. SANDRO
CHIMENDES PORCIÚNCULA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, queria cumprimentar, em especial, os
meus irmãos de Diretoria da UAMPA, que estão aqui nos acompanhando, todos
aqueles que nos ajudam no dia a dia e todos os que nos prestigiam neste ato.
Vejo aqui grandes amigos, conselheiros municipais que compõem a Direção da
UAMPA e são as pessoas que, lá na ponta, constroem tudo junto conosco; vejo o
Orlando Flores; o Luiz Filipe o nosso Conselheiro Municipal da Juventude.
Srª Presidente, o que nos traz a esta Casa não é um
questionamento, não é uma reclamação, e sim um momento de comemoração. A UAMPA,
no dia 16 de outubro, comemorará 28 anos, e, sempre foi muito bem recebida
nesta Casa. No conjunto das ações da cidade de Porto Alegre, nós sempre fizemos
questão de participar do processo de construção chamado Porto Alegre.
Nós abrimos, Verª Sofia, o 14º Congresso da Cidade,
que vai apontar as diretrizes para a próxima gestão da UAMPA, e, com esse
intuito, nós viemos aqui comemorar e convidar todos os Vereadores, parceiros e
amigos, para participar do projeto junto com a gente.
Eu não poderia deixar de vir aqui e contar um pouco
da história da UAMPA para aqueles que conseguem não lembrar mais, como Ver.
Elói Guimarães, porque têm um acúmulo de vida e trajetória nesta Cidade e não
conseguem entender por que a UAMPA existe, por que ela está traçando de uma
trajetória diferente para os próximos anos, na decorrência desta gestão. Ao
longo da nossa trajetória, constituímos, junto com a cidade de Porto Alegre, um
conjunto de entidades públicas, os conselhos municipais, os conselhos
populares. Conseguimos formar, através de cursos de formação, vários dirigentes
e lideranças, e esta Casa é um exemplo disso, pois tem vários Vereadores que
saíram da vida orgânica da UAMPA – mais adiante, direi o nome dos companheiros
–, enfim, é um conjunto que nos privilegia. Nós conseguimos, senhoras e
senhores, aplicar, na cidade de Porto Alegre, a formação e a composição do
Estatuto da Cidade, a Lei Orgânica do Município, coisas importantes que, ao
longo do dia a dia, nos ajudam a administrar esta Cidade. Esta Casa muito nos
ouviu, apontando, dentro do Plano Municipal da Cidade, dentro da Lei Orgânica
do Município, alterações que pudessem, lá na ponta, como disse o Ver. Nelcir
Tessaro há pouco aqui, mudar a vida dos que mais precisam, do nosso povo da
periferia, daqueles que sofrem no dia a dia. Nós conseguimos, em articulação
com várias entidades, criar o Fórum de Entidades, que hoje faz um trabalho
direcionado às creches comunitárias e que administra a educação primária na
cidade de Porto Alegre, conquista essa de que não podemos deixar de falar aqui,
porque, no dia a dia, tira os nossos amigos da droga, tira os nossos amigos da
rua, dá a eles um futuro. Nós vemos, todos os dias, na nossa sede da UAMPA, que
há crianças se perdendo nessa confusão chamada droga, e a gente não consegue
parar e não pensar nisso.
Tivemos também, como eu disse antes, várias figuras
que passaram pela UAMPA e que chegaram ao Poder, Ver. DJ Cassiá. Eu vi,
entrando aqui na Câmara, o antigo Vereador Décio Aloizio Schauren, uma figura
histórica dentro da UAMPA que ajudou a constituir a sua fundação. Eu estava
passando por aqui e me lembrei de que Décio Schauren, uma figura que ocupou uma
dessas cadeiras, ajudou a gente a construir várias associações de moradores.
Tenho o prazer de dizer aqui que nós conseguimos organizar para mais de 500
associações na cidade de Porto Alegre. Eu me lembro das atitudes que tinha o
então Vereador e hoje Deputado Raul Carrion, que protocolou nesta Casa uma
Emenda que nos leva a ter uma garantia de recursos na UAMPA para sobreviver
politicamente nesta Cidade, uma coisa muito difícil. Eu menciono o Deputado
Carrion com muito orgulho. Ele foi um grande parceiro, Presidente do Conselho
Deliberativo, na época, cuja data eu não recordo. Lembro o Lúcio,
Superintendente do Hospital Conceição; o Professor José Waldir, hoje ocupando
um espaço no Estado, Vereador desta Casa; o André Forster, que foi Presidente
desta Casa, cuja imagem eu vi no mural, Presidente Sofia. Lá no início da
UAMPA, há uma frase dele, senhoras e senhores, que diz o seguinte: “Sempre
prevalece a vontade do povo”. Isso me chamou a atenção, Ver. Dib, porque,
naquele momento, quando li aquilo, me marcou, e isso tem que ser uma marca que
temos que deixar para a cidade de Porto Alegre. E vejo outros nomes, como o
ex-Prefeito João Verle, que compôs a UAMPA, e o atual Prefeito José Fortunati.
Quer dizer, a nossa entidade é pluripartidária, não tem uma marca partidária, e
sim uma marca de cidade. Ela tem uma marca de ação dos partidos políticos
através do movimento comunitário.
Eu queria dizer que nós tivemos o desprazer de
receber, no ano passado, a notícia de que perdemos uma grande figura do
movimento comunitário, que foi Dileta Todeschini; que pena! Ela nos ajudou a
construir muita coisa na Zona Norte e nos espelhávamos muito no que ela dizia.
Mas temos ainda, trabalhando junto com a gente, figuras como a Filaman Marley, que há pouco tempo estava hospitalizada, que é amiga do Ver.
Paulinho Rubem Berta; e Firmo Trindade, que muito ajudou a construir a
entidade, e outros companheiros e companheiras que eu não posso mencionar,
porque o tempo não me permite. Essas pessoas que mencionei aqui são uma
referência social que nós, ao longo dos dias, aplicamos na nossa ação e na
nossa trajetória.
Eu gostaria de lembrar que nós tivemos também
companheiros que ajudaram a construir aquela entidade na ponta, como os
ex-Presidentes Valdir Bohn Gass, Paulo Guarnieri, Leandro Duarte, Maria Horácia
Ribeiro e Pedro Dias, que hoje é o atual Tesoureiro-Geral da UAMPA, que estava
por aqui há pouco tempo.
Gente, eu não posso deixar de mencionar que lutas,
avanços e conquistas nós tivemos, quando conseguimos garantir o direito pelo
SUS, conquista essa que a nossa entidade protagonizou na cidade de Porto
Alegre. Acho que, se não tivéssemos feito isso, Lurdes, as filas do SUS teriam
triplicado, e não diminuído. Acho que temos problemas para resolver, mas nós
conseguimos garantir que o SUS fosse um fato nosso, uma verdade nossa. Tanto é
verdade, Ver. Oliboni, que a gente tem um conjunto de sedes sociais, hoje, que
são ocupadas por PSFs. É uma luta nossa, que nós queremos resgatar, porque sede
social é da comunidade e não pode ser utilizada como ferramenta do Governo
atual ou de outro Governo.
Alguém me lembrou ali na rua que nós conseguimos
articular uma rede da Cidade em prol da criação da Defensoria Pública. Que
coisa maravilhosa! Um monte de gente, hoje, pode chegar à Defensoria, Ver. Dib,
e fazer uma consulta lá para saber do seu direito, do seu dever, e ter uma
orientação jurídica. Que coisa maravilhosa!
Então, nós conseguimos, ao longo desses 28 anos,
construir grandes projetos em prol da comunidade de Porto Alegre. Participamos
de todas as edições do Fórum Social Mundial, aplicando a participação popular e
a democracia do nosso País e do Exterior. Quer dizer, essa marca não é de um
Governo, ela é de uma sociedade organizada, e eu faço questão de mencionar isso
aqui. Nós tivemos, atualmente, na nossa gestão, mais próximo aos 12 anos de
atuação, um conjunto de seminários e cursos de formação. Eu faço questão de
mencionar aqui, que nós ganhamos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre uma
medalha de honra ao mérito por trabalhar com crianças e adolescentes, por
fazer, lá na ponta, a coisa melhorar. E quero dizer que nós fizemos um
Seminário chamado De Olho nos Direitos da Criança e do Adolescente, que teve
mais de 100 participantes, para minha surpresa, assim como nós fizemos, há
poucos dias, um encontro de líderes que teve mais de 200 participantes, que
cuidou da mobilidade urbana.
Então, meus amigos e minhas amigas, eu quero dizer
que a UAMPA, ao longo desses 28 anos, construiu mudanças, conquistou várias
novas formas de atuar com a sociedade. E é para isto que eu venho aqui: para
chamar esta Casa para trabalhar em conjunto conosco, novamente, Verª Sofia, e
dizer que estamos lá, Ver. Dib, com toda nossa equipe, diariamente, lutando
para que esta Cidade se transforme, de verdade, num ícone mundial, não
municipal, porque ela tem uma capacidade fantástica de articular sua rede e
trabalhar com o todo. É isso, meus amigos, meus amigos Vereadores, muito
obrigado, e estamos sempre à disposição. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Convido o Sr. Sandro para fazer parte da Mesa.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, eu até me adiantei, porque eu queria
ter o privilégio de ser o primeiro a saudar o Presidente da UAMPA, que nos dá o
prazer da sua presença nesta Sessão Ordinária. Quero saudar o jovem Sandro
Porciúncula, cujas qualidades pessoais reconheço e propago, e dizer que, além
da sua pessoa merecer da nossa parte o maior apreço e a melhor consideração, V.
Sª também dirige uma entidade, e, pela sua atuação no movimento comunitário em
Porto Alegre, merece, e com justiça deve receber desta Casa Legislativa e do
Parlamento da Cidade toda a cobertura que se fizer necessária.
Eu falo, Presidente, muito à vontade. Eu participei
da Administração Municipal há alguns decênios, quando a UAMPA se opunha à
Administração do Município e o fazia numa cobrança permanente, acerca das
providências que o movimento comunitário lhe exigia e que era indiscutivelmente,
na ocasião, a voz pela qual o movimento comunitário se manifestava. Então, eu
tenho muito apreço pela UAMPA. Sei que tem tido idas e vindas, mas, como
qualquer entidade democrática; essas pendengas internas não raro vitalizam a
vida da entidade. Agora o Sandro é o Presidente há um bom tempo, de cuja posse
eu tive a oportunidade de participar, e quero cumprimentá-lo, hoje, com todo o
carinho e com todo o apreço possível, e dizer que, certamente, o meu Partido,
que só tem um representante nesta Casa, se multiplicará no anseio de prestigiar
a UAMPA, de prestigiar o seu trabalho. Conte conosco, eis que a sua atuação por
todos os méritos é reconhecida e merece ser apoiada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Lurdes da Lomba está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. LURDES
DA LOMBA: Boa-tarde, Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadoras e
Vereadores, senhoras e senhores, quero dar a minha saudação especial à União
das Associações de Moradores de Porto Alegre, a nossa UAMPA, cumprimentado seu
Presidente, Sr. Sandro Chimendes, uma grande pessoa. Pensar na UAMPA é pensar
no movimento comunitário da nossa Cidade; é pensar nas mais diversas
associações de moradores. Quero lembrar e homenagear os líderes comunitários,
que com sua dedicação em favor das causas das suas comunidades, fazem do seu
dia a dia uma luta constante em busca de melhorias em todas as áreas. Inclusive
ontem, Presidente, houve uma grande luta, um ganho na Associação de Moradores
da Vila São Francisco, cuja Presidente é Ana Cristina. Para cumprir esse
objetivo, é necessário que a UAMPA repense a sua organização estrutural,
perseguindo, incansavelmente, a democracia interna e a atualização de seus
estatutos. O conjunto de nossas associações comunitárias, com ações organizadas
e articuladas na UAMPA, consegue intervir com mais eficiência e objetividade.
Precisamos que o Executivo Municipal dê a devida atenção para essas lideranças
comunitárias. Por isso é importante que cada um de nós possa multiplicar, nas
comunidades em que estamos inseridos, a importância de as associações
participarem do 14º Congresso Ordinário da UAMPA.
Para finalizar, quero aproveitar para destacar
também a importância da Federação Rio-Grandense de Associações Comunitárias e
de Amigos de Bairros do Rio Grande do Sul – FRACAB –, que sempre esteve ao lado
das entidades comunitárias do nosso Estado em defesa da democracia e da
igualdade social. Atualmente, essa Federação conta com inúmeras Uniões e
Associações filiadas, onde, conjuntamente, participa ativamente no projeto de
conscientização e participação nas políticas públicas, buscando a melhoria na
qualidade de vida das pessoas e das classes trabalhadoras. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Lurdes.
O Ver. DJ Cassiá está
com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, Presidente Sandro, em nome da Bancada do PTB, dos
Vereadores Brasinha, Nilo Santos, Elói Guimarães e deste Vereador, quero, em
primeiro lugar, dizer que não sou só um simpatizante, mas um grande admirador do
trabalho da UAMPA. Eu mesmo, não tendo feito oficialmente parte da UAMPA, muito
militei na área comunitária. Estive presente no momento do assentamento da Vila
Castelo; no assentamento do Jardim das Estrelas; na regularização do Beco do
Adelar, lá da parte de cima; estive na grande luta da antiga Vila Santa Rita,
no bairro Restinga, enfim, em vários lugares. Não fui diretamente, Presidente
Sandro, membro da UAMPA, mas fui sempre um grande colaborador da UAMPA, por
meio da militância, então eu tenho o grande prazer de estar falando hoje aqui e
parabenizando, em seu nome, todos que hoje estão aqui nas galerias e que
compõem a UAMPA; em seu nome eu quero dar os parabéns a cada um deles. O que eu
quero mesmo falar aqui é sobre a posição que a UAMPA tem. É bom deixar bem
claro para a sociedade que a UAMPA se comporta nem como oposição nem como
situação. Quero dar os parabéns à UAMPA pela sua posição, que é defender o
direito daqueles que lutam pela sua moradia. Parabéns, em nome da Bancada
trabalhista. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, o PSD também quer se somar aos apoios,
e dizer que esta Casa está aberta, e todas as propostas que vêm para o bem da
sociedade, com certeza absoluta, a nossa Bancada estará recebendo.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Sandro, Presidente da UAMPA, o nosso abraço; Srª Presidente, Verª
Sofia, é bom rememorar a luta, que não é de hoje, que é histórica, da UAMPA em
defesa das comunidades. Quero fazer essa referência, porque ontem tive
oportunidade de participar, na Zona Sul, de um grande movimento que nasceu
espontaneamente, que é o Movimento Comunitário Pró-Estradas do Extremo-Sul. No
primeiro parágrafo consta que as comunidades do Extremo-Sul de Porto Alegre estão indignadas com o estado precário
em que se encontram as estradas da Região e com o descaso da Prefeitura em
solucionar estruturalmente o problema. Isso me surpreendeu, porque o movimento
começou com três ou quatro carros e, no fim, houve a adesão de praticamente 200
carros, formando uma carreta, um ato.
Isso também faz parte da história da UAMPA. Uma história de defesa e de
representação do movimento social e comunitário em busca da moradia e da
infraestrutura. Iniciou nos Conselhos Populares, representando a força das
comunidades; depois, no Orçamento Participativo. Isso, sem dúvida, ajudou a
transformar a nossa Cidade para melhor. Parabéns, Sandro.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Paulinho Rubem Berta está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª
Presidente; Sr. Sandro Chimendes
Porciúncula, Presidente da UAMPA; em seu nome saúdo todos os comunitários da
Diretoria da UAMPA que fazem um excelente trabalho à frente dessa entidade,
orientando e encaminhando soluções, sendo parceiros dos cidadãos de Porto
Alegre. Eu me sinto muito bem representado, como Líder comunitário que sou, há
mais de 30 anos, nesta Cidade.
Quero agradecer a Diretoria da UAMPA, pois ela é composta somente de
lideranças comunitárias. Gostaria de dizer que admiro muito, tenho muito
respeito e que sou parceiro da UAMPA, dentro do meu mandato de Vereador, porque
estou Vereador hoje, para ajudar a construir tudo o que for possível, em
benefício da comunidade da cidade de Porto Alegre. Podem ter certeza de que sou
um admirador do trabalho da UAMPA, bem como de todos os seus membros.
Srª Presidente, aproveitando o momento, quero saudá-la e dizer que
estivemos na festa popular da Lomba do Pinheiro, representando esta Casa e a
senhora, com muito orgulho.
Presidente Sandro, conte com este Vereador, conte com este comunitário,
pois a gente tem que provar que é comunitário todos dias. Graças a Deus,
conseguimos fazer isso. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada. A
tua participação na Lomba foi importante.
O Ver. Mario Fraga
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente; Sr. Sandro Chimendes Porciúncula, Presidente da
UAMPA, o considero meu amigo, porque já convivemos há bastante tempo. Gostaria
de dar os parabéns pelo teu trabalho, em meu nome, em nome da Bancada do PDT; a
Verª Maristela Maffei, que não hoje não está representada, mas gostaria de dar
os parabéns pelo seu trabalho. Queria também fazer uma distinção pelo trabalho
do nosso amigo e companheiro, morador do Extremo-Sul, Orlando Marczac Flores,
que trabalha há bastante tempo na comunidade. Aliás, eu aprendi um pouco com
ele, em 1988, quando fui candidato pela primeira vez. Nessa época, o Orlando já
me dava aula lá, Sandro. Meus parabéns pelo teu trabalho e o de toda a
Diretoria. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr.
Raul Torelly está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, é
com muita satisfação que eu venho aqui, neste microfone de apartes, olhar para o
Presidente Sandro e poder rever os bons momentos que eu passei na UAMPA, porque
eu também tive parte nessa história da UAMPA. Quero cumprimentar, em nome do PP
– o Ver. João Dib pediu que o representasse aqui neste momento – e, em nome do
PMDB, através da nossa Bancada, dos Vereadores Sebastião Melo, Idenir Cecchim,
Haroldo de Souza, Professor Garcia, e em meu nome, a UAMPA, pois ela reflete a
inclusão social da Cidade.
Nós sabemos que lá estão representadas todas as demandas;
são lideranças firmes, históricas, reais, novas lideranças, enfim. A UAMPA traz
uma luz para a cidade de Porto Alegre. Ela faz com que as associações
comunitárias realmente se fortaleçam, aconteçam, participem e consigam aquilo
que muitas vezes parece impossível, mas através da União das Associações de
Moradores de Porto Alegre isso acaba acontecendo. E mais um congresso com
sucesso é o que vai acontecer no 14º Congresso, com certeza. Um abraço a todos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidente; Sandro, Presidente da UAMPA; a missão que vocês têm é
muito grande, porque, com o advento do Orçamento Participativo, as comunidades
ficaram extremamente desarticuladas. E essas comunidades precisam, na verdade,
criar lideranças, precisam existir, de fato, para que possam ajudar a construir
uma nova sociedade que não é exatamente esta que nós temos, mas uma sociedade
melhor, onde nós possamos almejar mais. Eu acho que a função de vocês, na
UAMPA, é exatamente essa, poder fortalecer essas comunidades e poder fazer com
que elas possam, realmente, ajudar na construção dessa nova Porto Alegre e
desse novo Brasil.
Eu acho que você, Sandro, realmente, é uma pessoa
talhada para continuar fazendo essa missão. Parabéns a você!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. PEDRO
RUAS: Eu queria dar um abraço no Sandro, em toda a Direção da UAMPA. A
história da UAMPA, Pedro Dias, que eu vi no Plenário, e ainda as pessoas
referidas por ti, Sandro, na história de lutas da UAMPA, no período em que a
UAMPA comparecia nesta Casa para discutir o aumento de tarifa de ônibus – que
era votado na Casa... Houve um Vereador, cuja morte completa vinte e cinco
anos, em outubro, daqui a cinco dias, o Ver. Valneri Antunes, que foi, na verdade, o maior mobilizador de massas que esta Casa já
teve, particularmente no que tange à UAMPA. Então, faço esse resgate histórico,
e o Luiz Afonso certamente vai concordar comigo sobre a figura de Valneri
Antunes.
Eu quero saudar a
UAMPA, o teu trabalho, Sandro, e dizer uma coisa que é óbvia: conte conosco,
com a Verª Fernanda Melchionna e comigo, conte com o PSOL.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI PROENÇA: Da Bancada do PPL,
Partido Pátria Livre. Presidente Sofia, quero saudar, com muita alegria e com
muito carinho, o Sandro Chimendes, Presidente da UAMPA, meu correligionário por
10 anos; toda a Direção, os colaboradores da UAMPA que hoje estão aqui, a
Enoita, todos os outros – faço isso em nome da Enoita.
Porto Alegre tem uma
história de associativismo e organização comunitária conhecida e referência em
quase todo o mundo. Essa história nasceu na organização das associações de
moradores de Porto Alegre de muitos anos. Por isso que, comemorando os 28 anos de
UAMPA, e esse trabalho que vocês vêm fazendo, liderados por ti, Sandro, nada
mais é do que o resgate da história que Porto Alegre construiu ao longo de todo
esse tempo. Nós temos os conselhos populares, o Orçamento Participativo, essa
história de associativismo e de democracia direta, que só foi possível com a
qualidade que teve em Porto Alegre, a partir das organizações comunitárias, das
associações de moradores. Parabéns pelo teu trabalho e conte conosco aqui na
Câmara de Vereadores.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Tendo as
Bancadas se manifestado, antes de passar a palavra ao Sandro, quero também
parabenizar a UAMPA e todos os Diretores aqui presentes. Olho os rostos de
muitos e vejo quantos anos de militância comunitária tem essa organização
social fundamental; sem ela, uma comunidade não alcança nem o pouco de
dignidade a que ela tem direito. Nós sabemos quantas vezes a UAMPA entra,
Sandro, nos conflitos, para a realização de eleições nas associações, para a
garantia da democracia, para orientação; nós sabemos como é difícil e valoroso
esse trabalho da UAMPA. Parabéns! Parabéns por estarem realizando um congresso
no final do ano, e eu perguntava quando, mas não há data ainda. Todos os
Vereadores têm compromisso comunitário em graus e medidas diferenciadas, mas
queremos fortalecer essa entidade tão importante para a nossa rede, nossa teia
social. Parabéns!
O Sr. Sandro
Chimendes Porciúncula está com a palavra para as considerações finais.
O SR. SANDRO CHIMENDES PORCIÚNCULA: Presidente
Sofia, eu não vou mencionar todos os Vereadores, aqui, porque o tempo também
não me permite, e nós tínhamos outras considerações. Eu acho que duas coisas
marcaram a nossa vinda aqui. Primeiro, eu inicio pela fala do Ver. Paulinho
Rubem Berta, sobre a Amorb. A Associação de Moradores do Bairro Rubem Berta tem
um Projeto chamado “Mudando a Cara”. Esta é a nossa marca, mudar a cara da
cidade. Não tem outra forma de mostrar isso a não ser com o que é real. A
cidade de Porto Alegre muda muito. Que os nossos dirigentes – Ver. Paulinho, e
eu quero cumprimentá-lo pelo trabalho que o senhor desenvolve lá – possam
conseguir trazer para dentro da comunidade que a gente tem que mudar a cara da
Cidade, com ações, com estratégias, com o que é possível fazer.
Para não deixar as
mulheres desanimadas, eu quero utilizar o dia de ontem, em que a Lurdes Agata
nos ajudou, Verª Sofia Cavedon, a acabar com o conflito na comunidade São
Francisco. Nós tivemos uma eleição com 402 votantes, duas chapas, a Chapa 1
venceu o pleito com 45 votos de diferença da Chapa 2. Foi extremamente
democrático e extremamente organizado o processo eleitoral.
Eu quero finalizar a
nossa participação aqui, dizendo o seguinte: nós defendemos a radicalidade
democrática. Essa é uma marca que a UAMPA deixou ao longo desses 28 anos, e
sabemos, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, que podemos contar com todos vocês para a gente avançar
nisso. Radicalizando na democracia, a gente pode construir mais. Eu acho que é
bem isso o que nós estamos colocando todo dia na rua. Nesta Casa mesmo, eu me
lembro que participamos da Reunião Conjunta das Comissões, da qual eu tenho o
prazer de muitas vezes me sentar ao lado da mesa, com o Vereador Pedro Ruas. E
nós divergimos, é óbvio, mas a gente consegue construir, não é Vereador? Então,
eu me sinto muito tranquilo, quando todos esses que vieram aqui me chamam de
amigo e parceiro. E a nossa entidade entende que esta Casa, em conjunto
conosco, consegue construir mais. Obrigado, e um abraço a todos, e que Deus
ilumine o nosso caminho.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada e
parabéns! Seja sempre bem-vindo a esta Casa.
Apregoo o Memorando nº 089/11, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, que
solicita representar esta Casa no dia de hoje, a partir das 14h30min, na Solenidade de Assinatura do
Termo de Adesão ao Programa Minha Casa, Minha Vida 2, entre a Prefeitura de
Porto Alegre e Caixa Econômica Federal, no Paço dos Açorianos.
Apregoo o Memorando nº 083/11, de autoria do Ver.
Carlos Todeschini, que solicita representar esta Casa no dia de hoje, a partir
das 19 horas, no Fórum Regional de Justiça e Segurança da Lomba do Pinheiro.
Apregoo Requerimento do Ver. Mario Manfro, que
solicita representar a Câmara Municipal no evento promovido pelo Centro de
Reabilitação de Porto Alegre – Cerepal –, no dia 6 de outubro, que trata de
arrecadação de fundos para a entidade.
Apregoo a retificação do Memorando nº 168/11, de
autoria desta Vereadora, de representação desta Presidente na quinta-feira
passada, 6 de outubro, às 16 horas, na Sessão Especial de Posse do Sr. Adroaldo
Mousquer Loureiro, no cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do
Rio Grande do Sul, no Auditório Romildo Bolzan, do TCE/RS.
Apregoo o Memorando nº 049/11, de autoria do Ver.
Waldir Canal, que solicita representar esta Casa no dia de hoje, a partir das
14 horas, na reunião do Comitê Estadual de Mobilização pela Segurança no Trânsito,
no Auditório da Federação das Associações do Município do Rio Grande do Sul,
Famurs.
Passamos ao
O Ver. Mario Fraga está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. MARIO
FRAGA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara, público presente nas
galerias, demais convidados. O período de Grande
Expediente, para quem está nos assistindo pela TVCâmara, é um expediente usado
na Câmara de Vereadores para contemplar os 36 Vereadores em forma de rodízio.
Este tempo que temos, de 15 minutos, utilizamos para uma prestação de contas
dos Vereadores que vêm a esta tribuna.
Peço licença aos meus
colegas para fazer uma prestação de contas, em especial à população de Porto
Alegre, mas também aos meus eleitores.
Na primeira vez em
que estive na Câmara, no período de 1993 a 1996, consegui aprovar algo ainda
inédito em Porto Alegre, que é o uso do cinto de segurança. Naquela época, a
Lei vigorava apenas em São Paulo. Aqui tivemos o carinho e a atenção especial
do então Prefeito Tarso Genro, hoje Governador, que veio sancionar a nossa Lei
do cinto de segurança.
Logo em seguida,
naquele mesmo período, aprovamos uma lei que vigora até hoje – nos dias atuais,
está fazendo falta uma fiscalização mais intensa em relação a ela –, que é a
Lei que proíbe a venda de cigarros e assemelhados a menores de 18 anos. Essa
Lei, hoje, está com uma propaganda bem forte através da SMIC, dirigida pelo
Secretário Valter Nagelstein, mas nós precisamos – nós usuários,
contribuintes, que usamos os armazéns, o supermercado, os minimercados –
denunciar para a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio aqueles muitos
estabelecimentos comerciais que ainda vendem – Dr. Thiago, meu colega de
Bancada, que é médico, sabe o mal que isso faz – o cigarro nas regiões,
principalmente na periferia da nossa Porto Alegre.
Precisamos fazer essa denúncia contra a venda de cigarro a menores de idade na
cidade de Porto Alegre; Lei minha, que foi aprovada no ano de 1995, aqui nesta
Casa.
Em 1995, fizemos a
Lei do incentivo às cooperativas que têm sede na nossa Capital. Por que aquela
Lei foi feita? Inclusive a fizemos em conjunto com o falecido Ver. Ervino
Besson. O Projeto foi de minha autoria, mas o Ver. Ervino nos ajudou muito
naquela época, porque era um Vereador ligado às cooperativas, também sou um
pouco, mas o Vereador tinha muito mais entrada, naquela época, nas cooperativas
do que eu. Hoje, então, faço essa saudação, com essa lembrança, ao Ver. Ervino Besson, que
nos ajudou tanto na Lei de incentivo às cooperativas que têm sede na Capital.
E hoje, ainda, nós precisamos de uma fiscalização
muito grande, pois há cooperativas e “cooperativas”; são dois tipos de
cooperativas, e, infelizmente, temos algumas que ainda fazem alguma maracutaia,
fazem falcatruas, mas nós precisamos incentivar as boas cooperativas, e nós
sabemos que existem boas cooperativas, ótimas cooperativas na cidade de Porto
Alegre.
Depois, nós fizemos mais uma lei, já que sou ligado
ao Conselho Tutelar. O meu irmão é Conselheiro desta Cidade pelo segundo ano,
num segundo mandato consecutivo, eleito pelo voto direto e, na última eleição,
ainda houve o voto distrital, quando ele fez lá, no extremo-sul de Porto
Alegre, 1.843 votos, hoje sendo o 4º Conselheiro mais votado na cidade de Porto
Alegre, o Elton Fraga. Então, com a ajuda dele, nós fizemos um Projeto de Lei
que obriga o Município de Porto Alegre, nos concursos públicos para professores
municipais, meu amigo Douglas, a exigirem questões do Estatuto da Criança e do
Adolescente, o famoso ECA, porque há muitos professores que ainda,
infelizmente, não leram o ECA.
Então, sugerimos, junto à Prefeitura Municipal,
que, nos concursos públicos para professores no Município de Porto Alegre,
constem pelo menos 20% de questões sobre o ECA, Projeto esse que já foi
aprovado e sancionado pelo ex-Prefeito José Fogaça.
Nesse momento também, este ano, nós conseguimos
aprovar aqui, não de minha autoria, mas de autoria do Executivo Municipal,
através do Prefeito José Fortunati, através da EPTC, o táxi-lotação para Belém
Novo e Restinga, e, nesta Casa, além da ajuda de todos os Vereadores, meu amigo
Ver. Luciano Marcantônio, que coordenou uma grande parte desse Projeto de Lei,
tivemos a ajuda especial do Dr. Thiago, do Ver. Pujol, do Ver. Comassetto, além
deste Vereador, e, sob a coordenação do Ver. Luciano Marcantônio, nós
conseguimos chegar a um consenso, conseguimos fazer o Projeto, que foi
aprovado, já foi sancionado, e agora ele está na última prova.
A Comissão de Licitação da EPTC, talvez esta semana
ainda, já está entrando em contato com a Secretaria da Fazenda e com a
Procuradoria-Geral do Município, para que coloquem agora, no mês de outubro ou,
no mais tardar, meu amigo Pitol, no mês de novembro, essa licitação na rua,
para que a licitação venha a funcionar de fato e de direito, se Deus quiser, no
começo do ano que vem, de 2012. Eu espero ainda que, antes de março ou abril,
já estejam funcionando os lotações lá para aquele povo que tanto espera; a
Restinga e, em especial, a nossa comunidade de Belém Novo, que é o destino mais
longo que terão os lotações – 27 quilômetros de ida e 27 quilômetros de volta.
Nesse meio-tempo, tenho algumas parcerias que eu
gostaria de citar, que é a Secretaria Municipal de Obras e Viação, do
Secretário Cássio Trogildo; o DMLU, por intermédio do Dr. Mário Moncks; a EPTC,
por intermédio do Vanderlei Cappellari; a SMAM, agora por intermédio do Luiz
Fernando Záchia, mas tive a parceria também do Professor Garcia, quando ele
estava na SMAM; e, na pessoa do Ernesto Teixeira, o DEP tem nos ajudado muito.
São Secretarias vitais para o uso, para a continuação do nosso trabalho na
cidade de Porto Alegre. Então, eu gostaria de fazer essa referência.
Casualmente, o Pingo Vilar e o Pitol, que são Assessores dessa Secretaria,
estão na Casa. Está na Casa, também, a Secretaria da Saúde, representada pelo
Dr. Casartelli, que tem a sua Assessora, a Tânia, que também nos ajuda
bastante. Então, eu queria fazer uma referência a essas Secretarias e agradecer
a todos os seus funcionários e os seus agentes políticos que estão nessa Casa.
Agora, no próximo dia 25 de outubro, para a minha
satisfação, entregarei, aqui na Casa, onde já passei quase dez anos de mandato,
o segundo Título Honorífico. O primeiro Título foi para o Dr. Carlos Presser,
Tabelião do 10º Tabelionato, que exerce essa função há mais de 40 anos ali no
Viaduto Obirici. E agora, para a minha felicidade, tivemos a aprovação unânime
do Título para o Kako Pacheco. Kako Pacheco, para quem não se lembra, porque
todos o conhecem, é o idealizador da Festa do Ridículo, mas não é pela Festa do
Ridículo que ele ganha o Título. Muitos Vereadores já estiveram na Festa do
Ridículo; é uma Festa que congrega mais de dez mil pessoas. Ela acontece uma
vez por ano em Belém Novo, já divulgou o nome da Cidade, mas ele faz muitos
eventos sociais e eventos caridosos como o Dia da Criança, que será no próximo
Dia 12; o Natal da Criança em Belém Novo; a Páscoa, e também promove alguns
desfiles para angariar fundos para as instituições de caridade da nossa região.
Então, de antemão, fica aqui o convite para o
próximo dia 25 de outubro, às 19h, aqui neste
plenário, vamos entregar o Título ao nosso amigo Kako Pacheco, o idealizador da
Festa do Ridículo. Será a 32ª Festa do Ridículo neste ano. Ver. Bernardino,
parabéns pela nova Liderança.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Mario. A Festa do Ridículo nos
faz lembrar do nosso saudoso Ervino Besson. Queria apenas fazer este registro.
O SR. MARIO FRAGA: Mais um ato do Ver.
Ervino Besson, o que fizemos juntos aqui, quando ele colocou a Festa do
Ridículo no Calendário oficial de Eventos da cidade de Porto Alegre. Mais uma
coisa boa que o Ver. Ervino Besson deixou aqui; ele deixou muitas coisas boas.
Então, eu queria
relatar sobre esses dois Títulos. Eu, em dez anos de Casa, entreguei dois
Títulos. Digo isso para V. Exas pensarem no quanto é importante um
Título desses. Em dez anos, eu dei um Título para o Carlos Presser e agora
estou dando o meu segundo Título para o Kako Pacheco.
Por fim, gostaria de
fazer um relato do “Prefeitura na Comunidade”, porque também tenho gabinete nas
comunidades, e com o meu gabinete, nesse pouco espaço de tempo em que estou
aqui novamente na Casa como Vereador e não como Diretor, meu amigo Ver.
Oliboni, nós visitamos, além de Belém Novo, o Parque dos Maias, o Campo da
Tuca, a Vila Farrapos, a Restinga, a Intercap, a Ponta Grossa, o Chapéu do Sol,
o bairro Lageado, o bairro Lami, a Serraria, Ipanema – isso com o nosso
gabinete itinerante. Por isso, gostaria também de fazer o relato da visita do gabinete
itinerante do Prefeito Fortunati; na última sexta-feira, o Prefeito Fortunati
com quase todo o seu secretariado esteve na comunidade do Extremo-Sul. Para a
nossa felicidade, ele foi direto ao loteamento Chapéu do Sol, que é uma
localidade que tem 389 famílias, que foram assentadas, vindos, na sua grande
maioria, da orla de Belém Novo. O Ver. Adeli conhece muito bem aquela nossa
orla. O Governo do PT – não quero fazer injustiça com o Prefeito – removeu
aquelas casas que havia na orla e assentou as famílias ali no loteamento Chapéu
do Sol onde vivem muito bem agora. Já tínhamos a escola municipal, e o Prefeito
foi lá para inaugurar o posto de saúde; a creche comunitária está quase pronta,
e nós já temos o CRAS lá, cuja assistente social trabalha dentro do loteamento
Chapéu do Sol, ou seja, é um loteamento que tem toda a infraestrutura detalhada
e com atendimento para o público, com creche, com escola, com posto de saúde,
com conselho de assistência social. O Prefeito Fortunati esteve lá fazendo a
visita. Depois, fomos a Belém Novo, lá na creche
comunitária da Vila da Amizade, que já atende 80 crianças, onde o Prefeito
anunciou a construção de mais uma etapa após a qual passará a atender 120
crianças, a partir – se Deus quiser – do ano que vem, de março, abril, com as
novas obras que se iniciaram.
Eu queria também
falar sobre o próximo dia 12, Dia da Criança. Sei que aqui temos muitos
Vereadores que ajudam as suas comunidades. Para quem não ajuda ainda as
crianças, em especial, é um bom momento para tentar montar alguma coisa, porque
sempre que uma criança – ainda mais uma criança carente, não é, Ver. DJ Cassiá?
– recebe algum brinde, recebe alguma coisa, uma simples programação como a que
vamos fazer lá, é importante para ela.
Nós não vamos dar
presentes; vamos fazer algumas apresentações, colocar alguns brinquedos,
colocar algumas bandas de pagode, algumas músicas do tempo da Xuxa; vai ter
personagens caracterizados como Xuxa, Emília e outros personagens infantis para
alegrar aquelas crianças lá de Belém Novo, em especial na praça, em frente à
Igreja. Nós vamos fazer essa festa, Vereadora, para a qual todos os Vereadores
estão convidados, no dia 12, das 13h às 18h.
(Aparte fora do
microfone. Inaudível.)
O SR. MARIO
FRAGA: Foi o que eu falei, Vereador: tem muita gente que
faz. E nós estamos fazendo, junto à festa, um torneio para as crianças, lá no
Centro de Formação de Atletas do Trianon, com o Tio César; vai ser o dia todo,
com oito equipes infantis, para fazermos um torneio de futebol infantil. Será
com crianças de até doze anos, oito times. Nós estamos ainda com as inscrições
abertas lá para Belém Novo, no Centro de Formação de Atletas da Zona Sul, que é
coordenado pelo Profº Tio César, como é mais conhecido lá.
Então, nós
gostaríamos de deixar este aviso para toda a comunidade do Extremo-Sul: no dia
12, às 13h, em frente à Igreja de Belém, dentro do Grupo Escolar Evaristo
Flores da Cunha, teremos a Festa da Criança. E, lá no Campo do Trianon, das 9h
às 18h, teremos o torneio de futebol de salão promovido pelo CFA – Centro de
Formação de Atletas do Esporte Clube Trianon, que é coordenado pelo Tio César.
Então, aguardamos todos lá nessas duas festas, damos os parabéns a todos os
Vereadores que programaram festas...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario
Fraga prossegue, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.
O SR. MARIO
FRAGA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, é
como expliquei na fala anterior: estes 15 minutos são para um relato das coisas
que acontecem na nossa vida, e, já que temos a TVCâmara, acho que devemos
aproveitá-la, pois tenho certeza de que a nossa TV está sendo assistida por
muitos. Do contrário, eu não estaria aqui para falar mais cinco minutos, em
Comunicação de Líder do PDT, porque a nossa comunidade já sabe que as nossas
Sessões são transmitidas ao vivo, e sempre avisamos quando vamos usar a
tribuna, justamente para que as pessoas saibam o que está acontecendo na
Cidade. Quando um Vereador usa os 15 minutos, ele vai demorar mais 60 dias para
poder voltar aqui e ter direito a esses 15 minutos novamente.
Então, quero relembrar, mais uma vez, as duas
festas que teremos na comunidade do Extremo-Sul.
Mas também quero dizer que, na Semana Farroupilha,
estivemos no Parque da Harmonia, que, este ano, estava bem mais organizado. Aos
poucos, o Parque se organiza. Não é a minha área, Ver. DJ, mas acho que estão
mais organizados, pois não tinha tanto lodo, tanto barro; a drenagem que foi
feita pelo DEP funcionou, a brita que foi colocada lá também ajudou, e espero
que, no próximo ano, não tenhamos nenhum resquício de alagamento no Parque.
Bem, quero fazer referência a dois piquetes que
visitamos, algumas vezes, na Semana Farroupilha: o Piquete Pantanal, do
Partenon, do Campo da Tuca, do Patrão Ismael; e o Piquete Marca Gaúcha, do
Patrão Ademir, mais conhecido como Negrão; quando estivemos lá, fizemos um
almoço e um jantar.
Num outro dia, estivemos no CTG Lanceiros da Zona
Sul, que tem nos acolhido de braços abertos, sempre que precisamos deles, tanto
para festa política quanto para festa social; inclusive, quando precisamos
arrecadar fundos para uma família muito necessitada, o CTG Lanceiros da Zona
Sul nos cedeu todas as suas dependências. E quem conhece um CTG sabe que é
difícil o CTG liberar o bolicho, o bar, e o Lanceiros da Zona Sul viu que era
para uma causa nobre, uma família que precisava muito, e o CTG Lanceiros da
Zona Sul, através do seu Patrão, o Celso, liberou todas as instalações,
inclusive o bolicho. Então, fica esta referência aqui ao CTG Lanceiros da Zona
Sul, ao Piquete Marca Gaúcha e ao Piquete Pantanal. O nosso agradecimento, meu
e da minha equipe; fomos acolhidos para duas jantas e alguns almoços.
Por fim, quero mencionar os 135 anos da Igreja
Nossa Senhora de Belém, em Belém Novo, uma festa comemorada todos os anos.
Estivemos lá, tivemos a presença do Deputado Federal Vieira da Cunha, que, para
minha satisfação, já me acompanha há mais de dez anos naquela comunidade, em
especial na Igreja Nossa Senhora de Belém. Então, faço um agradecimento
especial ao Deputado Vieira da Cunha, que sempre nos ajuda naquela comunidade,
inclusive destinando para lá R$ 300 mil, com uma Emenda, meu amigo Pingo Vilar,
assessor da SMOV, para nós tentarmos reconstruir o Restaurante Poletto, que
está em ruínas e, infelizmente, juntando maus elementos de um pequeno pedaço da
nossa comunidade que ainda tem o mau hábito de puxar fumo e usar bebidas
alcoólicas. Então, nós vamos tentar restaurar o Restaurante Poletto, com a
ajuda do Prefeito Fortunati e com a ajuda, já destacada, de R$ 300 mil do
Deputado Vieira da Cunha, via Ministério da Cultura.
Então, nós esperamos dias melhores e, com certeza,
os teremos, na nossa cidade de Porto Alegre e na nossa comunidade do
Extremo-Sul. Muito obrigado, saúde e paz!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra em Grande
Expediente.
A SRA. MARIA
CELESTE: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos assistem; neste Grande Expediente,
eu quero fazer uma breve retrospectiva das atividades que nós estamos
desenvolvendo na Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, neste
último mês, especificamente no que tange à busca, ao resgate dos direitos de
cidadania na nossa Cidade. Como primeiro registro, gostaria de dizer que
estamos acompanhando a questão da região Humaitá, cuja comunidade esteve
conosco na denúncia contra aquelas duas grandes obras que estão sendo
desenvolvidas naquela Região, uma é a RS-448 e a outra é a obra da OAS, da
construção da Arena do Grêmio. Nós ainda estamos aguardando a agenda solicitada
pela Comissão junto à Direção da OAS, com o objetivo de nos dizer qual é a real
providência que foi construída a partir da denúncia dos trabalhadores; e até
este momento nós ainda não tivemos retorno.
Eu quero anunciar, Ver. Pedro Ruas, que nós estamos
construindo um Relatório – as duas Comissões, a CEDECONDH e a CUTHAB – que será
encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, à Superintendência Regional do
Trabalho do Estado, pois nenhum dos dois se fez presente na nossa reunião
conjunta na semana passada, sobre todos os elementos e fatos que apuramos e
ouvimos, na reunião com a comunidade presente – e todas as lideranças do
Humaitá que ali estiveram se pronunciaram e confirmaram exatamente a fala dos
trabalhadores, que nos colocavam os problemas relativos aos alojamentos, aos
maus-tratos, à negligência do ponto de vista do Direito Trabalhista, elencados
naquela obra da OAS. Lamentamos profundamente não termos contado com a presença
da empresa para os devidos esclarecimentos, mas nós vamos continuar com o nosso
trabalho conjunto, CEDECONDH e CUTHAB, e mais um GT de trabalho a partir dos
Vereadores que se agregaram a esse grupo – Verª Fernanda Melchionna e Ver. Dr.
Raul Torelly –, junto com a comunidade, para que possamos dar continuidade ao
nosso trabalho ainda nesta semana.
O Sr. Pedro
Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Eu quero
cumprimentar V. Exª pelo trabalho realizado. Aliás, não é nenhuma surpresa,
porque o trabalho da CEDECONDH, sob o comando de V. Exª, tem sido um trabalho
elogiável e exemplar sempre. Também a Verª Fernanda Melchionna, que esteve
conosco nesses momentos, e os demais Vereadores e Vereadoras que têm,
obviamente, o maior interesse em resolver esse tipo de tema. Eu chamo a
atenção, Verª Maria Celeste, que esse nosso trabalho está apenas no começo. Eu
gostaria de saber: como o Ministério do Trabalho, através da Superintendência
Regional do Trabalho de Porto Alegre, liberou aquele tipo de atividade, com o
alojamento de um lado da freeway e as
obras do outro lado? E também: por que a Construtora OAS não comparece à Câmara
e nem nos recebe no seu local de atividade?
Então, parabéns pelo trabalho, mas com a
consciência de que nós estamos apenas iniciando.
A SRA. MARIA
CELESTE: Obrigada, Ver. Pedro Ruas. É exatamente com essa intenção que nós vamos
produzir os relatórios e, ao entregá-los ao Ministério Público do Trabalho, bem
como à Superintendência, queremos respostas, queremos saber o que efetivamente
os órgãos, instituições sérias que têm o compromisso do resgate e de zelar pelo
direito dos trabalhadores, têm feito especificamente com relação a essas
questões. Mais do que isso, Ver. Pedro Ruas, nós também já marcamos uma reunião
com a comunidade do bairro Humaitá, para que, junto com os Secretários da
Prefeitura Municipal, nós saibamos qual é a contrapartida do Município de Porto
Alegre, em decorrência do impacto que essas duas grandes obras geram na
comunidade do bairro Humaitá. Então, na próxima quinta-feira, às 18h30min, nós
estaremos lá na região. Já convidamos a Secretaria da Saúde, a SMOV, a FASC, o
DEMHAB, o DMLU, para que estejam conosco lá, junto com a Secretaria de
Governança, conversando sobre as demandas que o impacto daquela obra traz para
a comunidade da Região.
O Sr. Nilo
Santos: V. Exª permite um aparte?
A SRA. MARIA
CELESTE: Eu lhe concedo um aparte, também com muita alegria, Ver. Nilo.
O Sr. Nilo
Santos: Verª Maria Celeste, eu entendo a sua fala, até porque houve a perda de
uma vida, mas se a Câmara se envolver em todos esses processos, nós veremos
que, em pequenas construções da Cidade, também há pessoas que perdem suas
vidas, que caem de andaimes, que ficam com problemas. Então, me parece
necessária a criação de uma Comissão nesta Casa para dar uma revisada em todas
as construções de Porto Alegre. Esse problema é apenas a ponta do iceberg. Então, eu acho que a sua fala
tem valor, sim, e me parece que precisamos criar uma Comissão para tratar
dessas questões, até mesmo porque o Ministério do Trabalho não tem pernas para
alcançar tudo, e nós, como representantes dessa sociedade, devemos fazer, sim,
um acompanhamento em todas as obras de Porto Alegre.
A SRA. MARIA
CELESTE: Obrigada, Ver. Nilo Santos. De fato, da nossa reunião saiu, como um dos
encaminhamentos, além desse GT e da produção dos relatórios, que pudéssemos
criar uma Comissão Especial para acompanhar toda essa situação da construção
civil e das obras na cidade de Porto Alegre. Lembro que foi uma iniciativa do
Ver. Dr. Raul, e que certamente nós vamos encaminhar. Mas enquanto não há a
votação do Projeto dessa Comissão Especial, nós não podemos nos omitir, não
podemos ficar parados e, portanto, estamos agindo.
Outro ponto de pauta que eu gostaria de discutir é
sobre um Pedido de Informações que eu havia feito com relação ao Sistema
Integrado de Administração Tributária do Município – SIAT. O Ver. Mauro
Pinheiro, membro da CEFOR, e eu, pedimos explicações ao Secretário da Fazenda
sobre o Sistema Integrado de Administração Tributária no Município, quando
levantamos algumas questões que consideramos extremamente pertinentes e que
ainda não nos foram completamente esclarecidas, mesmo com o esforço do atual
Secretário da Fazenda. Nós não compreendemos – e falamos isso na reunião, e não
houve uma explicação plausível – como é feita uma licitação onde uma empresa
que apresenta o maior valor ganha a licitação; e, ao ganhá-la, não conclui o
trabalho e, mesmo assim, recebe 90% do pagamento pelo trabalho que deveria ter
sido desenvolvido. Nós ficamos estarrecidos com a forma como o Secretário da
Fazenda nos respondeu, dizendo que o processo é feito dessa forma, isso, quando
há empresas de informática envolvidas na questão!
Mais do que isso, o Ver. Mauro Pinheiro tem
levantado também uma questão importante, que diz respeito ao sigilo tributário
de todos os dados da Secretaria da Fazenda, do cadastro que lá está instalado e
que pode estar sendo disponibilizado de uma forma errônea – tomara que não;
oxalá, que não! –, mas que pode estar colocando em risco o sigilo tributário do
Município, através da forma como está sendo administrado esse Sistema.
Então, quero alertar também os nobres Vereadores
que nós continuamos preocupados; o Ver. Mauro Pinheiro e eu temos feito um
trabalho conjunto e coletivo nesse sentido, inclusive na produção de um
relatório, que vamos encaminhar ao Tribunal de Contas para pedir auxílio
técnico de equipes mais bem preparadas do que simplesmente nós, Vereadores
desta Casa, para verificar os contratos amiúde, verificar todas as questões
legais no que tange à contratação dessa empresa, que já recebeu 90% pelo
trabalho, e sequer apresentou o trabalho no Município de Porto Alegre; e a
previsão é para iniciar em 2012.
O terceiro tema, e não menos importante: ouvi
atentamente o Ver. Mario Fraga, que falava da iniciativa do Prefeito de
percorrer os bairros da Cidade. Também quero parabenizar o Prefeito por essa
iniciativa, porque assim ele vai poder verificar a cidade real. Assim ele vai
poder ver, in loco, o que nós temos
dito, gritado – muitas vezes – desta tribuna, Ver. Mauro Zacher, em relação aos
problemas da vida real. É o esgoto que corre rua afora, e não é na vila que foi
ocupada, ou numa vila que está buscando a regularização fundiária; não, isso
ocorre em avenidas importantes da nossa Cidade, em acessos importantes, como é
o acesso Norte; em acessos importante que há na Zona Norte de Porto Alegre,
onde o esgoto corre a céu aberto. Nós já denunciamos isso, nós comunicamos,
ligamos para a Prefeitura, entramos em contato com o CAR, produzimos reuniões
com os Secretários, vamos ao encontro dos Secretários, e, lamentavelmente nada
acontece. Há 15, 20 dias o esgoto corre a céu aberto na Vila Safira, na Vila
Santa Rosa, no Humaitá/Navegantes, onde estivemos na semana passada; há o
problema do lixo acumulado; os esgotos estão completamente detonados,
extravasando pelas ruas da nossa Cidade. Há uma demora nos consertos das ruas e
dos buracos que viram crateras; o trânsito é caótico na Cidade – que bom que o
Prefeito agora está andando pela Cidade, porque aí ele vai poder verificar
efetivamente a ineficiência do seu Governo, especialmente daqueles que deveriam
estar, no dia a dia, atendendo à população no serviço e na necessidade mais
urgente, mais premente de cada um de nós, no que tange à água, à luz, ao
transporte coletivo e até mesmo à coleta do lixo na nossa Cidade.
Por fim, Srª Presidente, eu quero fazer uma
referência ao Outubro Rosa. Sei da sua iniciativa nesta Casa de divulgar essa
proposta de alerta a todas as mulheres, para que divulguem, que vistam o rosa,
tragam informações, mas que, acima de tudo, possam acessar o serviço de saúde
pública no Município. E aí é uma grande dificuldade que eu quero também dividir
com V. Exª, e, especialmente com o Secretário de Saúde do nosso Município, no
que tange à dificuldade que ainda se tem no Sistema quando um médico, um
ginecologista detecta que uma mulher tem câncer de mama, e precisa,
imediatamente, de uma consulta junto ao mastologista. Esse tempo, esse período
que fica na espera dessa consulta, muitas vezes vale uma vida. Por vezes, há
uma espera de três, quatro meses, para uma consulta com um mastologista, que
pode diagnosticar, rapidamente, a melhor forma de cura, porque o câncer de mama
tem cura. Está aqui alguém que, em 2006, teve câncer de mama; estou curada, e
imediatamente pude voltar ao nosso trabalho diário aqui.
Lamentamos, profundamente, a rede pública ter tanta
dificuldade nesse período entre a consulta do ginecologista e a consulta do
mastologista. Esperamos que, com a nova forma de agendamento de consulta no
Município, isso não mais ocorra; esperamos que, imediatamente após o
diagnóstico pelo ginecologista, a mulher possa providenciar imediatamente uma
consulta com o mastologista, e também proceder à cirurgia e ao tratamento
adequado para os casos de câncer de mama em nossa Cidade.
O Sr. Pedro
Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Registro, Verª
Maria Celeste, que V. Exª é justamente o exemplo do que deveria ocorrer com
todas as mulheres que, de alguma maneira, passassem pelo que V. Exª passou,
mas, lamentavelmente, V. Exª é um exemplo isolado, em função dos problemas que
ainda ocorrem com a rede pública de saúde.
A SRA. MARIA
CELESTE: É verdade, Ver. Pedro Ruas. Por isso que falo deste tema, falo da
doença, e luto, cotidianamente, junto a entidades como o Imama e tantas outras
do nosso Município. No GHC, há um Grupo de Trabalho de mulheres que se
identificam e procuram ajudar as mulheres da rede pública de saúde, no sentido
de buscar rapidamente a consulta e a cirurgia, porque só dessa forma nós vamos
combater essa mazela tão fortemente construída aqui no Estado do Rio Grande do
Sul, porque este Estado, Ver. DJ, é o que mais tem mulheres com câncer de mama
no Brasil...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. MARIA
CELESTE: ...Vamos, juntos, todos nós, homens e mulheres, lutar, divulgar e ajudar
a construir a campanha do Outubro Rosa para as mulheres de Porto Alegre. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Verª Maria Celeste.
De fato, o Gabinete Médico da Câmara Municipal está
preparando uma cartilha com objetivo de orientar as mulheres. Também
abordaremos o tema do câncer de mama no período temático de Comunicações em uma
Sessão Ordinária das quintas-feiras.
O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
público que nos assiste pelo Canal 16, público presente nas galerias; Ver. João
Antonio Dib, na semana passada, a respeito da Secretaria da Fazenda e da
contratação da empresa Consult, do Paraná, quando eu e a Verª Celeste dissemos
que iríamos encaminhar toda a documentação para o Ministério Público de Contas
e para o Ministério Público Estadual, V. Exª falou que estaríamos abrindo mão
do nosso trabalho de fiscalização e que deveríamos nós mesmos fiscalizar, em
vez de levar ao Ministério Público de Contas e ao Ministério Público Estadual.
Quero dizer a V. Exª, já que não puder responder no dia, por falta de tempo,
que gostaríamos muito de continuar a investigação, mas, infelizmente, cumprimos
todas as etapas que poderíamos cumprir, Ver. DJ Cassiá. A Verª Maria Celeste
fez um Pedido de Informações ao Governo, enviou todas as informações.
Examinamos cuidadosamente todas as informações que vieram do Governo e fizemos
um segundo Pedido de Informações. Estudamos todos os elementos que vieram do
Governo, pedimos ao Ver. João Carlos Nedel, Presidente da CEFOR, para chamar o
Secretário da Fazenda na Comissão. O Secretário da Fazenda veio, gentilmente, e
nos explicou tudo o que poderia explicar, mas continuamos com dúvida, Ver.
Pedro Ruas.
Há sérios indícios de irregularidades nesse
processo, desde a licitação. Na minha visão, há indícios de que pode ter
ocorrido favorecimento na licitação. Há também a questão de deixar de lado a
PROCEMPA, que seria a empresa adequada para fazer esse sistema, sendo
contratada uma empresa por R$ 5,8 milhões. Isso foi em 2005; já estamos em
2011, e não foi entregue ainda, quando a Secretaria da Fazenda diz para a
PROCEMPA que dá seis meses de prazo. Então, por que a PROCEMPA, que teria custo
zero para o Município, tem prazo de seis meses, enquanto a empresa Consult – já
estamos em 2011 – não precisou ainda entregar o sistema?
Há outro indício pior ainda, Ver. João Antonio Dib,
que é o dos pagamentos. A Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da
Secretaria da Fazenda, já pagou 90% do sistema, quando, pelo organograma
financeiro, poderia ter pago, até agora, no máximo 44%, porque o sistema não
está pronto. Mais ainda, Ver. João Antonio Dib, já pagou seis parcelas de R$
144 mil, de manutenção. Como se pagou a manutenção de um sistema que não está
pronto ainda, Ver. Adeli Sell? Como se pode pagar a manutenção de um sistema
que ainda não está pronto? Por isso, Ver. João Antonio Dib, por esses indícios
e por essas irregularidades, que, na nossa opinião, ocorreram na contratação
desse sistema, nós vamos entregar ao Ministério Público de Contas, ao
Ministério Público Estadual. Eu e a Verª Maria Celeste estamos terminando essa
documentação, estamos esperando as notas taquigráficas para anexar e entregar
lá. Por que isso? Nós não estamos abrindo mão de fiscalizar, Ver. Luiz Braz,
mas acontece que nós chegamos no nosso limite. A não ser que V. Exª, Ver. João
Antonio Dib, concorde comigo e garanta que nós vamos ter 12 assinaturas para
fazer uma CPI, uma Comissão Parlamentar de Inquérito, Verª Maria Celeste, que é
a única forma de nós continuarmos investigando. Como eu tenho certeza de que o
Governo não vai fazer isso, e de que o Sr. Líder do Governo não vai fazer,
infelizmente, Verª Maria Celeste, vamos ter que abrir mão de continuar
investigando os fatos como gostaríamos! Vamos ter que passar para o Ministério
Público de Contas e para o Ministério Público Estadual, a não ser que V. Exª se
comprometa com este Líder de oposição em assinar uma CPI, e aí, sim, Ver. Pedro
Ruas, nós, todos os Vereadores, vamos continuar fiscalizando e vamos
fiscalizar, porque há a necessidade e há indícios de irregularidades e nós
queremos, sim, fazer o nosso trabalho de fiscalização. Mas, infelizmente, Ver.
Todeschini, nós não temos as 12 assinaturas.
Portanto, nem fiz o pedido de CPI, mas, se o Líder
do Governo – que não quer que levemos à frente do Tribunal de Contas – se
comprometer com que o Governo nos ajude com as assinaturas, nós não
precisaremos levar ao Ministério. Comprometo-me com V. Exª de que não vou ao
Ministério Público de Contas e nem ao Ministério Público Estadual, e nós
faremos a fiscalização, que é o nosso trabalho de Vereadores, o de fiscalizar.
Para isso é que existe a CPI no nosso Regimento, a Comissão Parlamentar de
Inquérito, e por meio dela poderemos investigar, sim, Vereador.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, procurarei, com a paciência
que me caracteriza, repetir ao eminente Líder do PT e à Bancada do PT, se assim
desejam, aquilo que eu já afirmei aqui. Houve uma solicitação da presença do
Sr. Secretário da Fazenda na Comissão de Finanças da Casa, e o Secretário da
Fazenda compareceu. Houve um Pedido de Informações da Verª Maria Celeste e foi
respondido em quase duas mil páginas. O Secretário esclareceu perfeitamente que
em 2003, 2004 e 2005, a PROCEMPA tentou fazer o programa de monitoramento da
área tributária do Município; não conseguiu. Não tendo conseguido – o
Secretário explicou aqui –, foi feita uma licitação pública, e duas empresas
concorreram, mas a concorrência, feita dentro dos moldes preceituados da Lei de
Responsabilidade Fiscal, valorizava a técnica em 70%, e o custo, o preço, em
30%. Uma empresa apresentou cerca de 5 milhões de reais; a outra, 2 milhões e
pouco. A análise da técnica fez com que a empresa de 5 milhões vencesse. Bom, a
empresa que perdeu, não satisfeita, recorreu à Justiça, e a Justiça disse,
depois de três anos, que a Prefeitura estava absolutamente correta quando
escolheu a empresa Consult. Estava, portanto, decidido. Agora o Ver. Mauro Pinheiro
quer colocar a dúvida sobre a Justiça brasileira, mas eu não posso fazer isso.
Por outro lado, o Secretário deixou muito claro que
entre 95% a 98% do projeto estava pronto, entregue à Prefeitura. Cerca de 90%
do orçamento inicial fora pago, realmente, mas a proposta é de 2006, e foi
iniciada em 2009, por causa da Justiça; demorou na Justiça a decisão favorável
à Prefeitura, pela lisura do ato. Bem, por três anos – qualquer empresário sabe
disto – não se pode manter o preço. Só o doutor Lula e doutora Dilma é que
dizem que não há inflação! Ora, iniciados os trabalhos, a empresa pede o que é
justo: um aditamento de preço. Agora, a Prefeitura, pela preocupação que tem,
pura e simplesmente, não dá, mas poderia acontecer; até 25%, poderia dar, mas a
Prefeitura mandou a Procuradoria examinar a viabilidade e o acerto de uma
iniciativa nesse sentido, e está sendo estudada pela Procuradoria. O Secretário
mostrou isso com todos os detalhes. A Prefeitura, que foi declarada como a de
maior transparência no Rio Grande do Sul, colocou à disposição da Comissão de
Finanças a própria Secretaria, para nos receber lá, e mostrar todas as contas,
porque, de repente, um Secretário não pode carregar uma pasta cheia de
documentos, uma pasta cheia de informações. Ele apenas faz uma síntese, como eu
estou fazendo aqui e agora, do que aconteceu. E ele foi claro, preciso e
conciso: a licitação foi decidida na Justiça, estava correta, 95% a 98% do
projeto está pronto. Então, não tem o que discutir! É claro que dá manchete
falar em CPI “comissão para lamentar” – eu disse: para lamentar –, isso é
possível, dá manchete, brilha. Não é isso que nós estamos procurando, nós
estamos procurando a solução. O Tribunal de Contas também disse que a
Prefeitura estava certa na licitação. Agora, é claro que ele vai levar as mil e
novecentas ou duas mil páginas do Pedido de Informações, e mais o que ele
colheu, para...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: ...Eu não tenho dúvidas, Srª Presidente, que a análise será benéfica
para que a população saiba. Agora, não se deve fazer, precipitadamente,
acusação depois de decisão judicial. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. João
Antonio Dib, que solicita votação em destaque das Emendas nos 07, 10 e 11 ao PLE nº 031/11.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste, eu me dirijo, inicialmente, à Verª
Lurdes da Lomba, porque é a mais recente Vereadora nesta Casa, para dizer que,
neste mês de outubro, Vereadora, nós registramos os 25 anos da morte do Ver.
Valneri Antunes – Ver. João Dib, foi em outubro de 1986 –, do qual eu tive a
honra de ser Vice-Líder da Bancada que ele liderava, no então PDT – o Ver.
Valdir Fraga lembra bem do nosso grande Valneri, passa muito rápido o tempo –,
que nos ensinou muitas coisas. Eu estava lembrando agora, Verª Lurdes da Lomba,
que a Verª Fernanda Melchionna, que nasceu em fevereiro de 1984, tinha dois
anos e pouco, quando morreu Valneri Antunes, que nos ensinou muitas coisas. Do
meu ponto de vista, a mais importante delas foi a participação popular nas
votações aqui no plenário, Ver. DJ Cassiá. Na época, nós tínhamos uma situação
muito difícil na Câmara Municipal, nós votávamos a elevação, ou não – veja só
V. Exª –, do valor das tarifas de ônibus, no Plenário; proposta e contraproposta.
E o Valneri conseguia – ele criou a equipe venceremos, ele fez uma Kombi com um
palanque em cima e uma escadinha ao lado – mobilizar toda a periferia da Cidade
e a trazia para dentro da Câmara para tencionar, para pressionar, para mostrar
a posição do povo sobre aquele tipo de situação. Esse é o ensinamento
permanente, extraordinário de Valneri Antunes. Mais que isso: chegou a ser
preso, enquanto Vereador, Ver. Mauro Zacher, no Presídio Central, por defender
ocupantes de áreas que não tinham nenhuma destinação social. Então, foi um
grande exemplo o Ver. Valneri Antunes, que morreu em um acidente gravíssimo,
enquanto era Vereador de Porto Alegre. Ele fez uma votação enorme na eleição de
1986, depois de ter morrido. O PDT lutou para validar os votos, mas não
conseguiu; uma votação enorme 20 dias depois de morto. Eu não poderia deixar de registrar a passagem desses 25 anos, mesmo porque, Ver. Todeschini,
nós temos aqui a nossa rampa – que, na época, fiz um Projeto, que foi aceito,
creio que foi na presidência do Ver. Luiz Braz – que inauguramos, e se denomina
rampa de acesso Valneri Antunes, Vereador das causas populares. Peço aqui, Verª
Sofia Cavedon, que possamos refazer a placa, que está ilegível, da rampa de
acesso Valneri Antunes, Vereador das causas populares, exatamente agora, nos 25
anos que registramos do seu falecimento. Essas pessoas, quando nos deixam, mas
têm na sua vida algo extraordinário, que conseguem mudar a realidade da qual
fazem parte, como foi o caso desse Vereador extraordinário, elas ficam para
sempre, de alguma maneira, para sempre, presentes. É muito importante, pois
neste Plenário, há práticas hoje, 25 anos depois, criadas pelo Valneri Antunes;
na ocupação de terras também, Ver. DJ Cassiá; naquilo que nós fazemos pelos
menos favorecidos também, Verª Lurdes da Lomba. O Valneri Antunes nos deixa uma
vida extraordinária, e nós não poderíamos deixar passar em branco um sentimento
de profunda homenagem, da falta que faz o Valneri e do exemplo extraordinário
que ele nos deixou.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. CARLOS TODESCHINI:
Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; todos os que nos acompanham e nos assistem nesta tarde;
nossa Bancada, na Liderança do Ver. Mauro Pinheiro, demais Líderes da oposição,
Verª Lurdes e Ver. Pedro Ruas; ontem, tive a oportunidade de participar de um
movimento na região Extremo-Sul, que se denominou Movimento Comunitário
Pró-Estradas do Extremo-Sul. Vou ler a nota, porque o movimento foi muito
original, começou com meia dúzia de pessoas, meia dúzia de automóveis, depois
tinha três centenas de automóveis, com pessoas protestando. O folheto diz o
seguinte (Lê.): “As comunidades do Extremo-Sul de Porto Alegre estão indignadas
com o estado precário em que se encontram as estradas da região e com o
descaso da Prefeitura Municipal em solucionar estruturalmente o problema. Tanto
as estradas de chão quanto as pavimentadas estão esburacadas, com remendos, sem
nivelamento e drenagem adequadas. Desta forma, causando transtornos e prejuízos
à população que transita e mora na região – as crianças deixam de ir à escola,
o transporte e escoamento da produção agrícola é dificultado, os turistas e
empresas de turismo que visitam os atrativos dos Caminhos Rurais encontram
dificuldades de acesso e, além disso, os carros, ônibus e caminhões da região
sofrem desgastes constantes e manutenções frequentes. O aumento da população no
Extremo–Sul, devido aos incentivos de condomínios malplanejados, sem
fiscalização, sem dar condições de acesso, saneamento e moradia digna é uma das
causas desse transtorno e desgaste das vias da região. Através desse movimento,
as comunidades e instituições manifestantes exigem urgentemente melhorias
estruturais para as estradas e execução imediata de obras de pavimentação
conquistadas no Orçamento Participativo (OP). E não apenas uma maquilagem, como
costumam fazer as máquinas contratadas pela Prefeitura, quando aparecem na
região. Apoio: Empresas de Comércio e Serviços, Associações Comunitárias do
Extremo-Sul, empreendedores dos Caminhos Rurais e a comunidade em geral.”
Quem chamou para esse movimento foram duas
lideranças que são delegados e, há muito tempo, conselheiros do Orçamento
Participativo. Surpreendeu-me o grau de espontaneidade, mas também a força e o
grau de indignação que essas comunidades expressaram pela falta de manutenção.
Ver. João Dib, o senhor imagina as crianças não poderem sair de casa porque o
DEP não consegue desassorear as valas! Há dois anos, praticamente, o Prefeito
Fortunati prometeu àquela comunidade que uma grande limpeza de valas seria
feita, e o senhor sabe que para rebaixar o lençol freático, para a boa saúde pública, e para a qualidade de vida, a limpeza de valas é o grande
trabalho que tem de ser feito na Zona Sul. E não é feito, Pingo, não está sendo
feito. Assim como as ruas, quer sejam elas asfaltadas ou estradas de chão, têm
um buraco dentro do outro. E nas estradas pavimentadas há remendo dentro de
remendo, deixando-as em péssimas condições de trafegabilidade, tanto o
transporte coletivo – porque as pessoas sofrem com os sacolejos e solavancos –,
quanto o uso dos carros particulares, que são permanentemente danificados pela
falta de manutenção.
Agora, isto está
presente quando se examina o baixo cumprimento orçamentário que não consegue
atender a 50% daquilo que é aprovado aqui nesta Câmara, porque, agora, nós
discutimos de novo a LDO, e a novela é a mesma. Um abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Luiz Braz, que solicita votação em destaque
das Emendas nº 01 e nº 02 ao PLE nº 031/11.
O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, eu
quero aproveitar esta fala do Ver. Todeschini, que está com o panfletinho
ali... Comunitário, nada! Tem Vereador aqui envolvido com isso aí! Eu quero
pedir, Srª Presidente, para o bem desta Casa, que alguns Vereadores tomem
cuidado com essas propagandas extemporâneas, com campanhas extemporâneas
também, principalmente batendo nas Secretarias de Governo. Tudo tem limite, Srª
Presidente. Depois, alguém denuncia e vão dizer que tem traidor na Câmara. Mas
temos de tomar cuidado exatamente para zelarmos pelo nome desta Câmara de
Vereadores aqui. Então, usar panfletos, divulgar na comunidade, batendo em
Secretarias, tendo Vereadores desta Casa, por trás, fazendo campanha
extemporânea, eu não vou aceitar, Srª Presidente, e vou começar a citar os
nomes ali, trazer testemunhas também! Apenas isso, Srª Presidente.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador Nilo,
está registrado. Mas são necessários os fatos e as provas. São conjecturas de
V. Exª.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Só um
esclarecimento: o panfleto é público, foi distribuído lá, não consta nome de
Vereador nenhum, e mais, estávamos lá, eu, que fui convidado, e o Ver. Dr.
Thiago também, que é da base do Governo, que se fez presente.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão feitos
os registros.
O SR. NILO
SANTOS: É claro que não tem o nome do Vereador ali; é claro, mas os cabos
eleitorais dos Vereadores estão lá dentro.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu não sei se tem razão ou não tem
razão o Ver. Nilo Santos, se esse movimento tem fins eleitoreiros ou não. Só
tenho certeza de um fato: ele é justo, e eu o apoio. Pode ser que alguém ganhe
voto com isso, mas eu apoio.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Lurdes da Lomba está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. LURDES
DA LOMBA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
estou muito feliz em ver três mulheres lutadoras ganharem o Prêmio Nobel da
Paz: Ellen Sjohnson-Sirleaf, primeira mulher Presidente da Libéria; Leymah
Gbowee, fundadora do Movimento Pacífico; Tawakkul Karman, jornalista.
Não posso deixar de citar essas mulheres que são um
símbolo de luta pelos direitos fundamentais do ser humano, das lutas em favor
dos oprimidos e explorados, e que deveriam servir de exemplo a todos, homens e
mulheres, por uma humanidade melhor e mais justa. Devemos nos espelhar na força
dessas mulheres, olhar ao nosso redor e unir esforços para uma sociedade mais
justa, com mais investimentos em Educação, Saúde, saneamento e segurança.
Assim, teremos uma sociedade com direitos e
oportunidades iguais para todos, independente de raça, religião ou condição
financeira.
Hoje eu poderia dizer que uma sociedade mais justa
e socialista começa com direitos, deveres e oportunidades iguais. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, querida Verª Sofia Cavedon; meu irmão Todeschini, Verª
Maria Celeste, da qual tenho muita honra; cada vez que vejo a Verª Maria
Celeste, essa Presidenta que começou o trabalho nesta Câmara, quando eu era 1º
Secretário... Eu quero falar, Ver. Nilo Santos, Vereadores, do que acontece
nesta Cidade. Nunca na minha vida eu tinha visto um Prefeito circular na
Cidade, Ver. João Dib; mesmo o senhor, que foi Prefeito da Cidade, eu nunca
tive o privilégio de encontrá-lo na comunidade, nunca; eu sei que V. Exª tinha
um trabalho constante. Mais ainda: o Prefeito Fortunati resgata esse trabalho
maravilhoso, Ver. Todeschini, tenho muito orgulho do Prefeito Fortunati. Isso
eu cobrava nos 16 anos de gestão do Partido de V. Exª, nunca na minha vida
tinha encontrado um Prefeito no bairro, na rua, na sua vila, na sua entidade,
em sua associação, Ver. Nedel; eu nunca tinha encontrado, nunca, nunca mesmo!
Este Prefeito Fortunati tem feito um trabalho maravilhoso, tem andado junto com
os Secretários, do DMLU, do DEP, do querido Secretário da SMOV, que sofre
tanto, de quem as pessoas só cobram e cobram, porque tem buraco na rua. É
claro, choveu 53 dias sem parar! Como é que não vai ter buraco nesta Cidade?
(Aparte antirregimental do Ver. Nilo Santos.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: Há 30 anos não mexem na Estrada do Lami, há 30 anos não fazem o que está
acontecendo, e mais ainda, Ver. Nilo Santos, agora, há 15 dias, o Prefeito
Fortunati assinou 20 quilômetros de revitalização novamente. É claro que numa
rua, devido ao problema das chuvas, que são tantas,
começa a ter buracos. Eu, como Vereador desta Cidade, ando muito junto com o
Prefeito, e gosto muito de andar junto com ele, porque ele é bem recebido, é
amado pelo povo. O povo gosta do Prefeito Fortunati, porque ele faz a
diferença. Eu gostava do Prefeito Fogaça, Ver. Dib, e o Prefeito Fogaça não
adotou esse sistema de ir à comunidade, e o Fortunati está lá, junto, vendo,
acompanhando, sendo cobrado, mas está junto. E isso que é Prefeito! Esse é um
Prefeito que deve, realmente, voltar no próximo ano.
Também quero dizer
que na sexta-feira, Ver. Dib, eu tive o privilégio, junto com o Secretário
Cássio, da SMOV, e mais o Prefeito Fortunati, junto com meus amigos, irmãos do
Zaffari, de caminhar pela Av. Grécia. A Av. Grécia está a coisa mais linda! A
Av. Grécia vai ajudar até a desafogar o trânsito quando vier o problema do
metrô na Av. Assis Brasil, Ver. Dib. Lá eu estava caminhando com o meu amigo, o
Prefeito José Fortunati, junto com os amigos, meninos, que eu digo, os meninos
do Zaffari, porque eles fazem a diferença na Cidade... E fazem mesmo. Eles
pegaram a Av. Grécia, junto com um kit,
e todas as praças, e as calçadas estão sendo revitalizadas. Isso é o Zaffari!
Eu me admiro quando vem gente defender esses grandões que vêm lá do outro lado
do mundo. Eu sou contra esses, sou contra mesmo, e sou favorável, sempre, a ver
as coisas boas que acontecem em Porto Alegre. E o meu querido amigo, Secretário
Cássio Trogildo, é perfeito, nunca deixa ninguém sem resposta; jamais! Sempre é
perfeito, ajuda, vai encontrar uma solução, mesmo não sendo Vereador da base.
Eu estava lá no dia em que a Verª Sofia Cavedon foi bem atendida pelo
Secretário. Quantos Vereadores fazem esse pedido? E lá está o Cássio, atendendo
e mostrando o que é um cidadão que pensa em Porto Alegre.
Também quero dizer
que, logo mais, será votado o meu Projeto. Eu não tenho nada contra, meu querido
irmão, Ver. Nelcir Tessaro. Seja feliz! Foi para outro Partido, mas gosto muito
de V. Exª, e tenho certeza absoluta de que nós queremos bem o cidadão
porto-alegrense.
Foi bom, Ver. Dib, o Hino nos jogos no começo, só
que agora está ficando ridicularizado. Então, eu, que gosto da torcida do
Grêmio, apresentei este Projeto e peço o apoio de V. Exª para ajudar a
aprová-lo. Canta quem quer e quem não quer não canta! Obrigado; um abraço para
o meu amigo Dado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito que o Ver. Toni Proença assuma a
presidência dos trabalhos.
(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos
trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
em Tempo de Presidente.
(Aparte antirregimental do Ver. João
Carlos Nedel.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON: O Ver. João Carlos Nedel protestou,
porque está preocupado com a LDO, assim como eu também estou, mas, como é um
momento muito importante e único para a cidade de Porto Alegre, eu quis dar a
formalidade de uma fala de Presidente.
Acabei de confirmar, Ver. Todeschini, a
grande vitória da cidade de Porto Alegre, que será anunciada pela Presidenta
Dilma, na sexta-feira, às 10 horas. E todas as Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores desta Casa estão convidados, para, nesta
sexta-feira, às 10h, no Palácio Piratini, ouvir da própria Presidenta Dilma
Rousseff, que a Nação brasileira terá uma contribuição decisiva, Ver. João
Antonio Dib, para a construção do Metrô em Porto Alegre – um tema muito
difícil, complexo, bastante complicado de superar.
A questão do financiamento,
principalmente, tem finalmente sucesso, porque o
Governo Federal organizou, sim, há alguns anos, o Programa Público de
Financiamento do Transporte Coletivo. Mais do que isso, porque o Governo
Federal é parceiro e construtor das alternativas.
Eu estive
representando esta Casa na reunião que tivemos com a Ministra do Planejamento,
onde ela disse, Ver. Carlos Todeschini, que o Prefeito de Porto Alegre havia
encaminhado uma proposta de Metrô, no ano passado, que ia até o Estádio
Beira-Rio e que o Governo Federal
disse que não só não ficará pronto
em tempo para a Copa como também não é a Região que mais precisa. E a Ministra
disse aos Deputados presentes, ao Prefeito, que encaminhou recomendação de que
Porto Alegre redesenhasse a prioridade do Metrô, Verª Fernanda Melchionna, que
já falou muitas vezes na Zona Norte.
Então, essa
construção do modelo, do negócio, teve a parceria decisiva, aqui, junto à
Prefeitura Municipal, do protagonismo do Ministério Público; teve a
participação decisiva do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que vai – e
nós vamos saber os detalhes – abrir mão de impostos para viabilizar a obra.
Essa construção é
única para a cidade de Porto Alegre. E eu estou muito feliz, porque a nossa
Câmara de Vereadores, que já fez seminários, que fez grandes reuniões, que
constituiu uma Frente, que constituiu uma Comissão Especial, que tem sido
sempre parceira para que o Metrô se viabilizasse, estará toda lá no Palácio. Eu
quero, Ver. João Antonio Dib – inclusive V. Exª –, que todos nós estejamos lá,
perfilados, porque a história muda a partir do meio de transporte de massa,
que, claro, vai levar alguns anos, Ver. Mario Fraga, mas que vai alterar
decisivamente a condição de mobilidade urbana de Porto Alegre.
Essa alegria eu
queria partilhar com Vossas Excelências. Nós sabíamos que a notícia era
positiva. Sabemos que tem data, que tem local e que todos nós, representando os
anseios da cidade de Porto Alegre, enquanto Parlamento Municipal, estaremos
presentes. Por isso, nós não teremos o “Câmara na Comunidade”, por uma grande
tarefa e um momento de celebração, Ver. Nedel: sexta-feira, às 10h, toda esta
Câmara presente, proativa, como estivemos até hoje, para que esse sonho se
viabilize.
Parabéns pela parte
que nos toca, e, principalmente, pela capacidade de diálogo desta Cidade, deste
Estado com o Governo Federal, porque são passos corajosos, e será decisivo para a
qualidade de vida dos trabalhadores de Porto Alegre. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.).
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
público que nos assiste aqui nesta Casa Legislativa, ou pela televisão, eu
venho a esta tribuna para dizer que, por muitos anos, por décadas – até porque
já tenho 53 anos – eu tinha a curiosidade de conhecer um lugar no mundo. Já
tive o privilégio de conhecer vários lugares, mesmo antes de ser Vereador. Tive
o privilégio de conhecer muitos países da Europa; tive o privilégio de conhecer
a cultura, de conhecer monumentos. Tive o privilégio de conhecer alguns países
aqui da América do Sul, aqui perto, tão perto, mas com culturas muito
diferentes, e a gente se enriquece com conhecimento, porque sempre temos muito
a aprender com os outros.
Viajei por três ocasiões aos Estados Unidos – e eu
não era Vereador; fui da Flórida a Niágara Falls dirigindo. Eu deixo bem claro
que não era Vereador, para alguém não dizer que “foi com o dinheiro da Câmara
de Vereadores”. Não, eu não era Vereador! E a primeira viagem que fiz foi em
1990. Depois, fiz outras duas viagens.
Eu tinha muita vontade de conhecer Cuba, Havana; a
terra dos comunistas! A terra de onde emanam leite e mel, do ponto de vista
teológico, de uma proposta de governo. Eu tinha essa curiosidade; afinal de
contas, a gente lê sobre isso, e dizem que aquela é a oitava maravilha do mundo, em que tem educação, saúde,
habitação, alimentação. Eu fui ver isso de perto! Senhores, eu passei cinco
dias em algumas cidades de Cuba, entre elas a Capital, Havana, e, depois, fui
para o Panamá, onde fiquei mais alguns dias; queria conhecer o Canal do Panamá.
O Canal do Panamá, sim, é considerado a oitava maravilha do mundo. Fui conhecer
o Panamá. Foi um grupo de pessoas; alguns foram para turismo, outros por outros
interesses, e eu fui com um olhar político, um olhar analítico. Andei por
muitos lugares, caminhei – neste ano comecei a praticar corrida, convidei
alguns Vereadores para praticarem esse esporte comigo, para melhorar a saúde, a
condição, e até tive a oportunidade de correr em Havana; corri na orla do
Pacífico, no Panamá; corri no Atlântico, e até no Centro. E caminhei muito;
caminhei muito, muito de cansar mesmo, porque dentro de um carro, andando de um
lado para outro, tu não conheces exatamente
a realidade das coisas. Andei, caminhei, fotografei, entrevistei e conversei
com pessoas bem de cantinho, porque não se pode conversar assim, muito
abertamente; troquei ideias: como é que é mesmo a coisa aqui? Bom; quero dizer
para os senhores uma coisa, para quem não foi a Cuba. Tem que ir a Cuba, gente!
Tem que ir! Tem muita gente que defende Cuba sem botar os pés lá dentro. Olha,
tem que ir!
Para começo de conversa, quando do processo de
derrubada do Governo e da instalação do Governo de Fidel, em 1956 até 1990, as
classes média e rica fugiram o que deu, para não morrer.
Eu posso usar mais algum tempo, Presidente?
(Pausa.) Eu volto, eu venho depois e faço Cuba II, porque estou no Cuba I
agora. Gente! Só para começo de conversa, vocês já viram aqueles filmes em que
você viajou no tempo e voltou para a própria Cidade, e não a reconheceu, mas
depois acaba reconhecendo que já tinha morado ali? Eu discuto com qualquer um
esse assunto, porque eu estive lá. As casas, desde que foram abandonadas, não
sofreram reformas nem pinturas. É uma Cidade sem cores! Não tem, Dib. Você, que
conhece o mundo...
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
O SR. ELIAS
VIDAL: O que tu queres com o Fidel, querido? O Fidel deixa para depois, o que
estou contando tem a ver com o Fidel. O Fidel está quase partindo...
Imaginem ter uma casa, durante 60 anos, e nunca
pintá-la, nunca reformá-la...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. ELIAS
VIDAL: ...O Fidel fez um grande mal para aquele País, para aquela ilha. Lá não
existe miséria, mas existe pobreza institucionalizada, total. Pobreza! Pobreza!
E existe prostituição. Alguém pode dizer que aqui também existe; só que aqui
tem a opção de a pessoa não se prostituir; lá, a prostituição praticamente é
como um complemento.
Vocês querem saber uma coisa que o Fidel faz? Ele
dá três quilos de arroz, na caderneta, um pacote de sal, 250ml de óleo, e a
pessoa ganha o equivalente a 12 dólares. As pessoas fogem em balsas, fogem em
jangadas, de um local que certamente não é bom.
Eu fiquei muito decepcionado, honestamente, sem
brincadeira, sem gozação, Brasinha. Eu fiquei extremamente decepcionado com o
que fizeram com aquele lugar. Foi um ato de terrorismo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PEDRO
RUAS: Presidente, acho que nós teremos que normatizar a questão do final do
tempo. Não é apenas porque o Ver. Elias Vidal, por quem tenho muito respeito,
tratava de uma maneira indevida, do meu ponto de vista, da análise sobre Cuba –
eu também estive em Cuba e vi coisas bem diferentes do que viu o Ver. Elias
Vidal –, é mais porque não temos um critério: se eu fico cinco minutos, fico
seis ou fico sete? Acho que temos que refletir. Sugiro à Mesa essa reflexão,
porque não podemos cometer a injustiça de alguns terem um determinado tempo e
outros terem outro. Muito obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Pedro Ruas, a nossa regra é o Vereador falar
por cinco minutos e corta-se o som, mas o problema é que, às vezes, eu tento
segurar o tempo, e, quando não seguro, tenho que dar um minutinho para
terminar. A gente está tentando contornar isso.
O SR. ELIAS
VIDAL: Vou falar, porque o Ver. Pedro Ruas tocou no meu nome. Acho que estamos
numa democracia, não estamos em Cuba; cada pessoa pensa de sua maneira. Agora,
eu fui, e vi; talvez o meu querido e estimado Presidente da CUTHAB tenha ido a
uma outra ilha, não foi à que fui.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Está registrado, Vereador.
Registro o nascimento do João Pedro, no dia de
hoje. Parabéns, Ver. Dr. Thiago Duarte! Seja bem-vindo, João Pedro! Saúde para
a mamãe, para a criança e para a maninha.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h42min): Havendo quórum, passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3043/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 031/11, que dispõe sobre as Diretrizes
Orçamentárias para 2012. Com Emendas nos 01 a 14.
Parecer:
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto e das
Emendas nos 03, 05 a 08 e 10 a 14, e pela rejeição das Emendas nos
01, 02, 04 e 09.
Observações:
- para aprovação, maioria simples de votos, presente a
maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da
LOM;
-
o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do
art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
-
para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição,
será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art.
120, VI, do Regimento da CMPA;
-
durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 2º, do Regimento);
-
incluído na Ordem do Dia em 03-10-11;
-
discutiram a matéria os Vereadores L. Braz, M. Celeste, C. Todeschini, DJ
Cassiá e Engº Comassetto.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 031/11. (Pausa.) O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra para discutir o PLL nº 031/11.
O SR. PEDRO
RUAS: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
meu caro Líder do Governo, Ver. João Dib, na verdade, eu e a Verª Fernanda
Melchionna temos aqui um motivo de alegria, porque, das
Emendas que apresentamos, Ver. Luiz Braz, apenas uma não foi aceita no
Relatório inicial; e essa Emenda está destacada para análise em Plenário, com
12 assinaturas, dentre as quais a de Vossa Excelência.
O que me importa é
registrar que dessas grandes peças que votamos aqui, como obrigação, e com
vontade – como o Plano Plurianual, a LDO e a própria Peça Orçamentária –, penso
que avançamos nesse sentido, agora, nesta Legislatura. O primeiro ano foi
terrível, em 2009; o segundo ano não foi bom, mas o terceiro ano tem condições
melhores que os dois primeiros. Com relação à LDO, é esta a minha expectativa.
E acho mais: que se toda a Casa pressionar, nós teremos um compromisso efetivo,
Verª Fernanda Melchionna, e é o que queremos, com a aplicação, com a
consideração de cada Emenda, que é duramente trabalhada, Ver. Todeschini. Eu
sei que a Bancada do PT, boa parte inclusive, até desistiu de apresentar
Emendas, face ao fracasso sistemático da consideração, ou melhor, da
desconsideração quanto às Emendas. Mas eu acho que nós não podemos nos
conformar. Eu acho que a Bancada do PT tem razão quanto ao fracasso, mas nós
temos que lutar e tirar do Prefeito um compromisso de que as Emendas são tão
sérias quanto o Projeto original da LDO.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Pedro Ruas. O senhor tem
razão, as Emendas e o corpo principal do Projeto são essenciais. O que tem o
Executivo é a obrigação de cumpri-las; coisa que não vem fazendo,
lamentavelmente. Nos sete primeiros anos do Governo Fogaça e mais Fortunati,
apenas 38% do Orçamento foi cumprido. No ano passado, subiu um pouco, mas mesmo
assim não chega a 50%. E a obrigação é de cumprir tanto as Emendas como o corpo
principal. É para isso que nós estamos aqui, dando crédito e aprovando o que a
Prefeitura promete para si, para a Cidade e para a Câmara.
O SR. PEDRO RUAS: Eu concordo com V.
Exª e agradeço o aparte. E digo mais: o nosso trabalho perde o sentido, Verª
Lurdes da Lomba – que chega agora e deve ser a primeira LDO que examina –, o
Projeto original do Governo sofre regimentalmente Emendas na Casa. Essas
Emendas têm o mesmo valor – como em qualquer projeto – do Projeto original.
Tanto que, se não tiverem valor para o Plenário, não serão aprovadas. Uma
Emenda aprovada faz parte do Projeto. E mais, se sancionada, nós temos, por
óbvio, uma situação de uma única lei! Agora, não é possível o Executivo tratar com
desconsideração algo que é feito pelos representantes do povo de Porto Alegre;
aliás, de forma mais abrangente, porque a Câmara Municipal é mais
representativa que o Executivo, porque o Executivo só tem a maioria, e nós
temos todos os setores representados, todos os Partidos na Casa do Povo de
Porto Alegre.
Por isso eu insisto neste aspecto: o nosso primeiro
momento é de confiança, é de alegria, porque termos apenas uma Emenda
rejeitada, e acho que, com o destaque, poderemos aprová-la; mas o segundo
momento é de apreensão. Nós queremos ter essas Emendas aprovadas aqui e
cumpridas pelo Executivo, todas elas, todas as Emendas do PSOL! E, do meu ponto
de vista, as dos demais Partidos não são diferentes ou não foram diferentes;
elas são ou foram elaboradas mediante ampla consulta popular, atendendo de fato
aos interesses da população. Por isso, nós temos, Ver. Brasinha, a expectativa,
a confiança, de que o Prefeito Fortunati valorize esse trabalho tanto quanto
nós procuramos valorizar o trabalho do Projeto original do Executivo que chega
a esta Casa. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
o PLE nº 031/11.
O SR. ADELI
SELL: Minhas senhoras e meus senhores, quando abrimos a discussão sobre a LDO,
eu disse que me recusaria a fazer emendas à LDO, porque eu acho que é o
Prefeito que tem que dizer quais as diretrizes do seu Governo. Pautei-me muito
por isso, e me pauto pela fiscalização cotidiana. Com isso eu tenho algumas
diferenças de procedimento. Na minha opinião, fiscalização faz-se o ano todo,
365 dias por ano, não apenas em relação às atividades do cotidiano, mas
essencialmente à Peça Orçamentária, que é, na verdade, o acompanhamento
diuturno de como são gastos os recursos públicos. O Governo colocou
prioridades, mas para justificar as prioridades, nada fez! Quando se coloca
como prioridade número um a habitação, nós deveríamos estar fazendo, por
exemplo, um balanço de quantas casas populares foram construídas através do
Programa Minha Casa, Minha Vida, que, mesmo não sendo um programa com verbas
municipais, o Governo libera esse dinheiro, porque há projeto. Eu sei disso,
meu caro Ver. Elói Guimarães, porque um dos Municípios em que houve o maior
contingente de construção de casas populares, através do Programa Minha Casa,
Minha Vida, foi em São Leopoldo. Nós estamos perdendo para São Leopoldo no quesito
construção de casas populares. Há uma morosidade dos órgãos públicos locais em
apresentarem os projetos em tempo hábil e disputá-los.
Sobre a Educação, quero dizer que nós temos que ter
um balanço, por exemplo, sobre a Educação Infantil, porque já coloquei aqui
qual é a ideia que, na minha opinião, é exequível para Porto Alegre? Nem tanto
ao mar, nem tanto a terra! Ou seja, não é possível manter com as estruturas
estatais, municipais, hoje em Porto Alegre, uma estrutura como foram as escolas
pensadas pela querida amiga, professora, grande educadora, Esther Pillar
Grossi, porque o Erário não estava comportando e não comporta aquele tamanho,
aquela magnitude, apesar da correção arquitetônica das mesmas. Mas também não
posso concordar com o fato de aceitar conveniar creches que são verdadeiros
muquifos, que não têm nenhuma estrutura, Ver. Brasinha, e que, felizmente, nos
últimos anos, foram sendo melhorados, adaptados para exigências outras, que não
fossem meros depósitos de crianças.
Esse é o verdadeiro debate, porque, na discussão
genérica, tudo é válido, mas não se entra nesse tipo de detalhe.
Quando eu falo da Saúde, a Secretaria Municipal da
Saúde acompanha todas as nossas Sessões aqui, eu quero dizer o seguinte: nós
somos conservadores demais quando tratamos de Saúde pública. Veja que eu usei o
plural: nós. Eu estou englobando aqui a situação e oposição; o passado mais
remoto, da administração do meu Partido, e no passado mais recente, nessas duas
administrações, uma ampla base de coligação. Posso dizer, sim, que, com a
gestão Casartelli/Marcelo Bosio, algumas coisas começaram a mudar. Não é para fazer jogo de cena,
com a presença da Secretaria aqui, mas é uma realidade. Começou-se a tocar em
algumas questões de gestão, e alguns enfrentamentos foram feitos, porque nós,
aqui também, oposição, demos sustentação – o enfrentamento com o horário dos
médicos. Porque se há um Vereador aqui que brigou com a direção do Simers –
alguém pode ter brigado bastante, mas tanto quanto eu, não sei – eu sei que eu
briguei. E briguei...
(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell prossegue a discussão do PLE nº
031/11, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Mario Fraga.
O SR. ADELI
SELL: Eu agradeço ao Ver. Mario Fraga, sempre na sua bondade e generosidade.
Eu quero, na verdade, tratar aqui destas questões,
da necessidade de um aprofundamento das prioridades. O Ver. João Dib talvez
esteja, como Líder do Governo, com um pouco de impaciência para votar, eu
entendo, mas a decisão não termina aqui, ela continua diuturnamente no
acompanhamento dessas questões que eu estou colocando aqui tão pausadamente.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, eu me
orgulho muito de ter V. Exª como meu amigo, como costumo dizer, o “Adelizinho”,
quando eu passo na frente da sua casa, e digo: “Meu querido amigo Adelizinho”.
E quando V. Exª reconhece o trabalho da Secretaria da Saúde, do Secretário Casartelli, parabéns, Vereador. É isso
que eu falo: se todos os Vereadores fossem iguais ao Ver. Adeli Sell, a
oposição seria muito boa, porque o Ver. Adeli Sell reconhece o bom trabalho que
está sendo feito pela Secretaria da Saúde.
O SR. ADELI SELL: Olha que eu sou duro; eu não o levo de
compadre, apesar de ter uma relação muito transparente com ele, pois sou um dos
Vereadores que mais cobram. E continuarei assim, cada dia cobrando mais, porque
a gestão pública tem que ser não só transparente; a gestão pública – está lá na
nossa Constituição – tem que ser eficiente. Nós estamos tratando de dinheiro
público, não basta gastar bem; tem que gastar bem, com resolutividade. Dinheiro
público existe para a Saúde, meu caro Líder Mauro Pinheiro, mas nós temos graves
problemas de gestão, que têm que ser corrigidos, e eu trabalho para isso.
Entro, finalmente, no ponto quatro das prioridades, que é a
Assistência Social. Gente, não adianta colocar a
prioridade da assistência social, e eu me deparar, todo santo dia – todo o
santo dia –, seja em qualquer rua, seja na Rua José do Patrocínio, de manhã,
com sol alto, com pessoas deitadas na calçada, nos locais em que as pessoas têm
que adentrar o leito da rua, porque tem morador de rua dormindo na calçada!
Olhem a situação do Viaduto Otávio Rocha, onde o Ver. Pujol deve passar todos
os dias, eu, pelo menos, passo todos os dias pelo Viaduto Otávio Rocha e fico
com um amargor, fico com uma tristeza profunda de ver pessoas ali ao deus-dará,
sem a devida assistência.
Falamos da
drogatização, mas eu cansei; essas campanhas, esse uso de camisetas e algumas
caminhadinhas não resolvem o problema, tem-se que dar dinheiro para
instituições, tem-se que ajudar a Saúde pública, tem-se que trabalhar, não só
fazer proselitismo; tem gente que fez fama nesta Cidade fazendo proselitismo,
vestindo camiseta contra o crack.
Temos que fazer com que o Poder Público também tenha um aporte da sociedade.
Por isso, eu penso seriamente, meu caro Cecchim, em propor um fundo municipal –
sei que essa é uma iniciativa do Executivo, mas vou tencionar construir – de
combate à drogatização, no qual poderá ter dinheiro da iniciativa privada e dos
cidadãos. Se botássemos todo o dinheiro que se gastou em camisetas – que estão
lá nos armários das pessoas; em adesivo de carro, que é de plástico, polui,
gasta dinheiro –, se botássemos tudo em um fundo municipal de apoio ao combate
efetivo à drogatização, para que as pessoas pudessem ser curadas em uma
clínica, o resultado seria outro. Então, está na prioridade número quatro. Nem
vou falar da quinta, que é pavimentação; da sexta, que é saneamento básico
urbano, do DMAE; da sétima, do DEP; e, finalmente, do desenvolvimento
econômico. Desenvolvimento econômico também é garantir sustentabilidade
econômica viável e a sustentabilidade ambiental e social desejável. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Verª Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
quero dar o meu depoimento. Já tive a oportunidade de analisar a matéria,
quando em Pauta, e não conheço documento mais genérico e mais programático,
Ver. Reginaldo Pujol, do que a LDO, aqui, nos Municípios, no Estado e na União.
São grandes eixos em que, como regra, hoje e ontem, se coloca tudo. Eu diria,
Srª Presidente, que o Orçamento caminha sob o teto, é verdade, da LDO. Nada
pode ser produzido, legislado, executado no Orçamento se não estiver na LDO.
Todavia, a LDO é amazônica. Essa é a verdadeira conceituação.
Então, encontramos esses grandes eixos por onde
passará, evidentemente, o Orçamento. Então, há vênia para colocar, emendar
disposições programáticas – programáticas, sim, embora o Orçamento não possa
conter, na sua execução, nada que esteja fora da LDO –, mas emendar as
disposições programáticas é perdulário no meu ponto de vista, do ponto de vista
da legislação e do ponto de vista do Poder Legislativo, a menos que se
adentrasse em áreas que refogem à competência legal municipal.
Então, fica aqui a nossa manifestação, mais num
plano conceitual, mais no plano da observação teórica do que efetivamente a
LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Como o próprio nome está a dizer: são
diretrizes, grandes diretrizes que empalmam, enfeixam toda a temática
municipal. É a questão da Educação, e vem Saúde, assistência, a questão
econômica, Meio Ambiente, etc., esta é a grande verdade. Então, é preciso que
nos atenhamos a esses aspectos de ordem técnica, de ordem constitucional e
institucional, porque não vejo alternativa que não colocar da forma como estou
colocando. Poderíamos aqui discutir a questão da gestão na Habitação, na Saúde,
etc. e tal. Como regra, eu, não pelo fato de me colocar do lado da base de
Governo, mas a Administração tem tido comportamentos satisfatórios em todas as
áreas em que tem intercedido, haja vista a amostragem de pesquisa. Sobre a
Saúde, por exemplo, olha, cobrar-se do Município melhor desempenho na Saúde...
A Saúde é uma questão estrutural, nós precisamos é de verbas na Saúde; não há
verbas para a Saúde!
Aliás, o Estado e a União ficam olhando de fora a
briga. A União e os Estados ficam de fora olhando a briga lá do Município, por
quê? Porque o Município faz a vanguarda, o Município finaliza, executa, por
assim dizer, o processo de Saúde. Aliás, o Sistema Único de Saúde é um grande
programa, só que se ressente de uma coisa: de dinheiro, de recurso. É uma
questão estrutural, é uma questão que nós tínhamos de modificar, sim, abrir
esses parâmetros exíguos da questão das verbas para a Saúde.
Fica aqui a nossa manifestação, para dizer que as
Emendas, porventura oferecidas, decaem de vigor, são cogentes, por assim dizer,
porque são disposições programáticas à LDO. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLE nº 031/11.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, dois comentários iniciais: primeiro, a
pertinência da manifestação do Ver. Elói Guimarães; segundo, um fato concreto.
Disse-me o meu assessor que não iria tirar cópia da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, porque era muito grande, que eram muitos papéis, e que
certamente eu não os iria manipular aqui durante a tarde. A uma constatação de
ordem prática e a essa análise altamente proficiente que o Ver. Elói Guimarães
realizou, eu acresço, Ver. Braz, algumas outras situações. Eu acho que toda
essa parafernália legislativa que nós organizamos neste País – o Plurianual, a
Lei de Diretrizes Orçamentárias, o próprio Orçamento – é uma manobra da
burocracia para criar mais encargo, mais engessamento, e tangenciar o problema.
O Ver. Elói chegou perto, quando se referia a essa realidade nacional. Eu
pergunto o seguinte: alguém se lembra qual era a proposta de organização
nacional inicialmente contida pela Constituição Federal de 88? O Ver. Braz deve
se lembrar e vai nos esclarecer.
O Sr. Luiz
Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu respeito muito o
conhecimento de V. Exª e a do Ver. Elói Guimarães, só que eu não posso chamar
de programático, quando nós estamos, na verdade, limitando aquilo que nós
podemos suplementar dentro do Orçamento. Isso não é programático, porque vieram
lá 10%, e nós estamos diminuindo, numa Emenda, para 5%. Não é programático,
também, aquilo que, na verdade, é o contingenciamento dentro do Orçamento,
porque V. Exª sabe que estamos estabelecendo limites para a Lei do Orçamento. A
maioria das coisas é programática, mas existem determinados fatores que
precisam, realmente, ser dimensionados.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Obrigado. V. Exª é brilhante no seu aparte, e nem
seria diferente. Só que, Ver. Braz e Ver. Elói, a limitação é de outra ordem.
Não há quem altere uma regra elementar: que o Orçamento, a Lei Orçamentária
fixem a Despesa e estimem a Receita. Se não houver Receita, nada disso que foi
falado aqui tem algum sentido. E o que está acontecendo neste País, a partir de
1988, numa Constituição que dava possibilidade aos Municípios, é a corrosão
progressiva da capacidade dos Municípios brasileiros, na medida em que a
principal Receita que deveria vir do Fundo de Participação dos Municípios está
hoje reduzida a menos da metade da sua previsão inicial, Ver. Luiz Braz, porque
ela era sobre os tributos existentes, e, a partir disso, dando uma volta na
Federação Brasileira, criou-se toda sorte de contribuições, recursos, dos quais
os Municípios não participam.
Agora, estou falando com a autoridade de quem não
está discriminando nada. O Lula, há oito ou nove anos, encontrou assim, aprofundou
essa história. A verdade é que, num País onde a Federação é um mito, Ver. Luiz
Braz, fazer todo esse regramento na política orçamentária, todo esse arcabouço,
é até farisaico! Falar de gestão, quando não se dispõe de recurso... O que diz
o adágio popular? “Quem põe dispõe”. Quem dispõe pode fazer regramentos, pode
fazer toda essa série de fatos. O resto... esta é a minha opinião sincera, e o
Ver. Braz, que é um estudioso da matéria, atenua naquela parte que pode, para
preservar um pouco a força do Legislativo, para que o Legislativo não seja
integralmente aquilo que era no tempo de Borges de Medeiros: um homologador do
Orçamento, sem condições de poder modificar. E nós nos encaminhamos,
celeremente, para essa situação, tamanho é o grau de engessamento. Tem que
gastar um tanto na Educação, tanto na Saúde, tanto nisso, tanto naquilo, tanto
em pessoal... Daqui a pouco, para investimento, para desenvolver uma política
nesse ou naquele setor, nada vem.
Fica a Verª Fernanda Melchionna desesperada, querendo
colocar, nesta Lei, para repetir, no Orçamento, recursos para leitura na cidade
de Porto Alegre, leitura para as bibliotecas, numa emenda, a Emenda nº 10, se
não me falha a memória, à qual, evidentemente, eu vou votar a favor, mas com
esse ânimo e com essa falta de entusiasmo que está me caracterizando neste
instante, às raias do ceticismo, de dizer que não estou acreditando mais no
nosso esforço. Porque, vejamos, na área da Saúde, na qual todo mundo bate todos
os dias, Porto Alegre teve acima de 15%. Mas de que adiantam esses 15%, se há
uma redução substancial no seu orçamento maior? O que a União deveria gastar,
em 10 anos, Ver. Oliboni, reduziu-se em 26%, porque os recursos nacionais são
endereçados para algumas finalidades, altamente discutíveis sob o ponto de
vista estratégico, entre os quais o de manter esses altos valores que nós temos
como reservas cambiais, que nos fazem admirados no mundo, em cima do
empobrecimento da Nação, internamente. Ou será que nós achamos que é um País
que caminha para a felicidade um País onde 20% da sua população bate palmas,
porque recebe Bolsa Família de R$ 90,00 ou R$ 100,00 por mês? Isto é, por
acaso, expectativa de uma Nação mais humana, mais fraterna, mais progressista,
mais justa? Não, não é! Então, orçamento, neste Brasil, é que nem a Federação:
uma gloriosa ficção. Então, o que está escrito, o Ver. Luiz Braz, com seu
esforço, ameniza, e, no resto, nós contestamos e acabamos aprovando, porque não
há outra saída.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLE nº 031/11.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu escutei atentamente o pronunciamento do Ver. Reginaldo
Pujol, e me convenci de que as pessoas sabem pela experiência. Não é pela
idade, não é por ser velho, é pelos anos que se tem em determinadas atividades.
O Ver. Pujol, que tem muitos anos nesta Casa, fez um pronunciamento de quem
conhece pela experiência. Não é pela leitura, não é porque os outros disseram;
conhece, por que quantas vezes votou a LDO nesta Casa, Ver. Pujol? Foram
muitas, não precisa nem o senhor me responder. Quantas vezes o senhor
apresentou alguma emenda aqui? Poucas, porque sabia que elas não passavam.
Quantas vezes o senhor viu o Orçamento sendo cumprido, principalmente nas
entradas? Por quê? Porque elas são incertas, principalmente quando se depende
de um Governo Central. Quando se depende do Governo Federal, nunca se sabe qual
é o Orçamento que nós vamos ter, pois, só para a Saúde, o Governo Lula diminuiu
uma enormidade de dinheiro para Porto Alegre e para os outros Municípios. E,
cada vez mais, nós vemos os Prefeitos de todo Brasil de pires na mão, em
Brasília, pedindo o que lhes é de direito. Quantas vezes nós temos, em Brasília,
escândalos – quase todos os dias –, por causa de emendas? Ou são emendas
encomendadas, ou são emendas sacaneadas, ou são emendas feitas por
empreiteiras, para fazer alguma coisa, quando não são emendas para fazer os
pórticos de entradas dos Municípios. São emendas que não são cumpridas, ou,
quando são cumpridas, são de uma forma complicada, para não dizer obscura.
Agora, de uma coisa eu tenho certeza: as
proposições apresentadas pelo Executivo Municipal, comandado pelo Prefeito
Fortunati, pelo Secretário Bertoncini, pelo Secretário Wilges, do Gabinete de Programação Orçamentária, pelo menos eu tenho
certeza de que são honestas. Uma proposição da Lei de Diretrizes Orçamentárias
de Porto Alegre é aquilo em que eles acreditam que pode ser feito, sem vender
ilusões, sem vender demagogia, apenas apresentando uma Peça que acreditam que
se possa cumprir.
Eu, no ano passado, não apresentei
nenhuma emenda, e não me arrependo disso, porque não vendi ilusão, e acho que
este ano também não vou apresentar. A minha obrigação é fazer com que o
Orçamento seja benfeito, para que ele possa ser cumprido e para que eu possa
dizer lá na comunidade que a Prefeitura faz aquilo que tem que fazer, ou,
senão, não adianta ter Orçamento Participativo, não adianta discutir Orçamento.
Com tantos instrumentos que se tem, para fazer uma boa política para quem
precisa, da Prefeitura, eu, sinceramente, sou contra as emendas, como sou
contra as emendas parlamentares de Brasília, que trazem tantas amarguras para o
povo brasileiro e tantos lucros para lobistas, empreiteiros, para publicidade,
orçamento do DNIT, e tantos mais.
Para que ter emendas? Que seja feita uma Lei de
Diretrizes Orçamentárias honesta, e isso eu posso garantir. Esta Peça que está
chegando aqui, chega de uma forma honesta, do Sr. Prefeito, do Secretário da
Fazenda e do Gabinete de Programação Orçamentária.
Cabe a nós, claro, Ver. Pujol, com a sua
experiência, cuidar para que seja bem executada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
discutir o PLE nº 031/11.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, público que nos assiste pelo Canal 16, público das galerias, a
nossa Lei Orçamentária, Ver. João Antonio Dib, de 2012, não foge à regra das
anteriores. A LDO vem para cá, é previsto o Orçamento, e depois não é cumprido.
Mas esta tem uma particularidade, Verª Maria Celeste, diferente das outras. Por
que tem uma particularidade, Ver. João Antonio Dib? Porque nesta a Prefeitura é
pessimista quanto à arrecadação para o próximo biênio, 2012 e 2013, dizendo que
vai manter a arrecadação do Município, Vereador. Só que, sobre os
investimentos, a Prefeitura diz o contrário: diz que vai aumentar os
investimentos para o ano de 2012, Ver. Reginaldo Pujol, em quase 100 milhões a
previsão para o investimento; a previsão, porque investir, Ver. Dr. Raul, é bem
diferente.
Eu tenho os números aqui; já que noutro dia o Ver.
João Antonio Dib disse que no tempo da Frente Popular, com o PT, o investimento
não acontecia conforme o programado. Eu trouxe os números aqui, Ver. João
Antonio Dib, e sei que o senhor está sempre atento e conhece muito bem os
números. Pois bem, das últimas gestões do Partido dos Trabalhadores à frente da
Prefeitura, nos últimos seis anos, os números são os seguintes: em 1999, foi
feito, em cima da LDO, um investimento de 43%; em 2000, 88% do previsto foi
investido, Ver. João Antonio Dib; em 2001, 70% do previsto foi investido; em
2002, 63%; em 2003, 43%; em 2004, 54%, Ver. Oliboni. Na média dos últimos seis
anos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, na gestão do Partido dos
Trabalhadores, investiu-se 60% do previsto na LDO. Agora, nos seis anos deste
novo Governo, o Governo Fogaça e do Governo Fortunati, Ver. Mauro Zacher, Líder
da Bancada do PDT: no primeiro ano, em 2005, o Fogaça investiu 22% do previsto;
no segundo ano, em 2006, 49%; no terceiro ano, em 2007, 46%; em 2008, 38%; em
2009, 35%; em 2010, 45%. A média, Ver. João Antonio Dib, foi de 39%; essa,
então, é a diferença. A Frente Popular, Ver. Oliboni, investiu, pelo menos,
60%, que poderia ser melhor, Ver. João Antonio Dib, mas são 60%, ao contrário
deste Governo que não chegou nem a 40%; apenas 39%, Ver. João Antonio Dib.
Agora, prevê, para 2012, um aumento de mais de 100
milhões. Ora, Ver. João Antonio Dib, essa obra é uma obra de ficção, e vou
falar para a Verª Sofia que a LDO de 2012 pode ser lançado, Ver. Elói
Guimarães, na Feira do Livro, já que é uma obra de ficção. A LDO de 2012, com
certeza, é uma obra de ficção, porque não vai ser executada.
O senhor e a senhora que estão em casa, que
esperam, que olham a planilha de investimentos para ver quais as obras que
serão executadas, elas são só no papel, porque, na prática, não chega nem a
40%, Ver. Melo, do investimento previsto. Essa é a realidade da LDO de 2012.
Quero aproveitar, Ver. João Antonio Dib, para
trazer aqui mais uma questão de números. A Secretaria da Fazenda, Verª Maria
Celeste, que nós estamos investigando, e que queremos investigar mais a fundo,
dos, em torno de cinco milhões e cem mil reais, Verª Lurdes da Lomba, que já
foram pagos pelo sistema que não está funcionando, quatro milhões de reais,
Ver. João Antonio Dib, foram pagos em menos de um ano. Em menos de um ano já
tinham sido pagos por um sistema que não está rodando. São quatro milhões de
reais, 70% do valor do sistema foi pago, Ver. João Antonio Dib, com menos de um
ano, sem o sistema sequer estar funcionando. É pior ainda do que o valor em
torno dos cinco milhões e cem mil reais. Assim não dá, Ver. João Antonio Dib,
temos que investigar, realmente. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para
discutir o PLE nº 031/11.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Ver. Toni Proença, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e
Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, eu estava
ouvindo atentamente os meus colegas Vereadores, que estão fazendo uma crítica
pontual em relação à LDO, encaminhada a esta Câmara, pelo Governo Municipal, e
tem muito a ver com a Peça Orçamentária do Município de Porto Alegre que vamos
discutir logo ali adiante. Percebemos que a LDO, na verdade, traça as
diretrizes dos programas que o Governo quer implementar ao longo dos próximos
anos, e percebemos, sim, claramente, que muitas das políticas que poderiam
estar em andamento, com uma maior ênfase ou prioridade, ficam aquém da
necessidade da população. Poderíamos aqui elencar alguns programas federais,
por exemplo, uma parceria junto à Caixa Econômica Federal, ao Programa Minha
Casa, Minha Vida, e percebemos que a LDO fica muito aquém da necessidade, até
porque a própria Caixa Econômica Federal cobra do Governo Municipal a ideia de
implementar 10 mil unidades ou apartamentos, anualmente, e o Governo não
consegue sair das mil e poucas unidades. Então, é preciso que a LDO tenha muito
mais consistência, mas, infelizmente, deixa muito a desejar.
Poderíamos pegar, também, por exemplo, a política
de regularização fundiária no Município de Porto Alegre. Ouvimos aqui muitos
Vereadores – e é real, Lurdes –, tratando de uma infinidade de vilas e
comunidades de que ainda não foi feita a regularização fundiária; fala-se em
600, 700 vilas irregulares. Onde está a diretriz que vai pautar, priorizar a
regularização fundiária, para que o cidadão possa ter ali a escritura da sua
terra, para que seja proprietário daquela área, daquela
propriedade, na qual ele está há 20, 30, 40 anos? Portanto, o Governo deixa
muito a desejar na questão dessas políticas.
Poderíamos pegar um
exemplo na área da Saúde: quais serão as diretrizes e os recursos que serão
empenhados para a política que será implementada no Instituto Municipal de
Estratégia de Saúde da Família – IMESF? De fato, ele não fala desses grandes
recursos que serão absorvidos pelo Programa de Saúde da Família. Hoje, há em
torno de cem equipes; se aumentar em mais cem equipes, chegando a duzentas,
isso vai, sim, absorver um enorme recurso. Portanto, a diretriz para a
ampliação dessas equipes tem que estar na LDO, coisa em que, na verdade, o
Governo deixa a desejar. Isso tanto é verdade, que o Governo só vai implementar
o IMESF, possivelmente, no próximo ano, porque percebeu que o recurso não está
direcionado na Peça Orçamentária atual, o que foi um erro grosseiro, que
infelizmente não poderia ter acontecido, porque o Projeto de Lei, ora
apresentado e aprovado nesta Casa, não destinou tal recurso.
Portanto, o IMESF
ainda não está a pleno vapor, ainda não está andando. Isso é real, por isso
está atrasando, por exemplo, a licitação do concurso para poder não só suprir a
falta de médicos, de profissionais da saúde e agentes comunitários, como também
a ampliação dessas Unidades.
Também poderíamos
discutir a política de Saúde para os indígenas da Lomba do Pinheiro, coisa que
até então não está prevista, não havendo nenhum programa para isso. Na verdade,
não há ainda diretriz para isso.
As Emendas
apresentadas não são do PT, são de outros Partidos. O Vereador que me antecedeu
aqui disse que era para barganhar. Não, vamos ver se essas Emendas vão ser
aprovadas, de fato. Algumas Emendas têm um cunho importante, como essa que eu
falei sobre uma política para os indígenas, em Porto Alegre, coisa que, na
verdade, ainda não existe. Mas algumas Emendas podem ser barganhadas, como
aconteceu no passado, com alguns Vereadores. Isso causa estranheza, porque, na
verdade, não existiram inúmeras emendas, como as apresentadas na Lei de
Diretrizes Orçamentárias anterior.
Nós percebemos que as
Emendas dos Vereadores da base do Governo foram aprovadas, e as Emendas da
oposição, quando questionavam determinadas políticas que não foram
implementadas, não foram aprovadas.
Tanto isso é real
que, da Peça Orçamentária, que prevê R$ 666 milhões, só foram empenhados R$ 229
milhões. Por isso, a maioria aqui diz que é uma ficção. O Governo, na verdade,
manda um pacote para nós, mas não sabe o que tem dentro dele. É preciso
primeiro olhar o que tem dentro do pacote, pessoal. Nós não podemos, aqui,
aprovar coisas que, na verdade, ficam só no discurso, como se fosse numa
campanha, e, depois, as coisas não acontecem. Por isso, há frustração,
inclusive da Câmara de Vereadores.
Na verdade, nós temos
é que lamentar. Infelizmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, do
Governo Municipal de Porto Alegre, deixa muito a desejar. Por isso, fica aqui a
nossa indignação, porque a maior parte dos programas aqui elencados não é
executada.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver.
Toni Proença; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ver. Adeli Sell, quando a gente fala na LDO, eu começo a
pensar: o que se passa lá em Brasília com relação às emendas, em que há uma
disputa acirrada? E aquelas emendas que eles fazem, lá? Logo mais, vem a
cobrança. Por que um Deputado faz muitos votos, quando direciona uma Emenda
para um Município, por exemplo, para Três Passos, que é a minha terra? Nem sei
quem é o atual Prefeito lá, só estou comentando, Ver. Idenir Cecchim. E quando
direcionam para Viamão, esses Deputados são os mais votados na cidade. Será que
eles usam a emenda? Será que eles vão atrás da emenda, para cobrar, para buscar
voto? Eu quero o bem da cidade de Porto Alegre. Eu admiro o trabalho do nosso
Prefeito, o José Fortunati. Ver. Dib, sei que V. Exª, como Prefeito, teve um
trabalho de 999 dias, um Prefeito que quase conseguiu terminar a Av. Baltazar
de Oliveira Garcia, duplicou, mas não terminou! Eu brinco com o Prefeito Dib,
dizendo que ele não botou ar-condicionado nos ônibus, não é, Vereador? Não
quis, não é? É contra o ar-condicionado nos ônibus. Eu já sou a favor.
Eu acho que temos que
votar imediatamente a LDO, porque é para o bem da Cidade, é para o bem da comunidade,
é para bem do bairro, da rua, enfim, acho que está na hora de nós votarmos. Eu
gostaria que um dia o Prefeito também, quem sabe, elaborasse mais, desse mais
oportunidade para nós; que pudéssemos, quem sabe, sermos um pouquinho do que é
a Assembleia Legislativa, que tanto tem poder, que viaja, faz e anda pelo Rio
Grande, Ver. Elias Vidal. Eles têm aquele poder forte, forte mesmo! Nós, os
Vereadores da Capital, aqui, brigamos por uma Emenda de R$ 30 mil, R$ 40 mil,
R$ 60 mil, enquanto eles brigam por R$ 2 milhões, R$ 1 milhão, R$ 5 milhões!
Quando é que vai chegar esse poder para nós, Vereador?
Eu quero dizer que
não faço emenda, eu não faço! Quero o bem da Cidade, quero que o Sr. Prefeito
destine as verbas para onde a Cidade mais precisa, para onde ela mais
necessita, e, juntamente com o meu Partido, com o meu Líder, Ver. Nilo Santos,
e o Ver. DJ Cassiá, que é o nosso gigante no Domingo Legal, está sempre lá,
está permanentemente trabalhando lá – não tem domingo em que a gente não
encontre o DJ na comunidade –, quem sabe podemos destinar alguma verba também
para aquela comunidade, para a cultura, para o Domingo Legal...
(Aparte
antirregimental do Ver. DJ Cassiá.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Exatamente! É
verdade, Ver. Dib.
Então, quero dizer
que sou a favor do Prefeito, e vamos votar a LDO imediatamente, porque está
atrasada, e a gente tem que ver o que é bom para a Cidade.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
estou vindo do Programa Conexão Band, e não pude ouvir as ricas discussões,
peguei-as no meio do caminho. Eu não quero fazer contraponto, eu quero apenas
colocar algumas coisas aqui em relação ao meu querido amigo, Líder do PT, Mauro
Pinheiro.
Primeiro, nós estamos discutindo aqui a Lei de
Diretrizes Orçamentárias. Nós não estamos discutindo aqui a Execução
Orçamentária. Há um foco equivocado aqui.
Segundo, o Ver. Mauro Pinheiro anda pela Cidade,
como todos os Vereadores, e não é cego, porque o pior cego é o que vê, mas não
enxerga. E a Cidade, Ver. Cecchim, se não é um canteiro total de obras, há
obras excepcionais que precisam ser destacadas. Esta Cidade faz o seu maior
tratamento de esgoto da sua história, nos seus 238 anos, ela fez 24%. Vai
chegar, em 2012, com quase 80% do esgoto tratado.
O Ver. Mauro mora numa região que está vendo, por
exemplo, aquelas famílias da Dique e Nazaré, sofridas, na beira do riacho, do
arroio, sendo transferidas, com dignidade, para o Porto Seco; mas ele não
enxerga isso!
O Ver. Mauro Pinheiro não enxerga a extensão da
pista do Aeroporto; não enxerga 80% da troca da iluminação pública da Cidade. O
Ver. Mauro Pinheiro também não vê as Unidades de Pronto Atendimento, que
começam pelo triângulo da Av. Assis Brasil, e há mais duas; da Saúde da
Família, que começaram em 70, e já estão em 131. Mas o Ver. Mauro Pinheiro, não
enxerga! E sabe por que não tem mais obras aqui, Ver. Mauro? Porque o Governo
Federal... Eu acho que a Presidente tem boa intenção, ela é uma gaúcha de
coração, nasceu em Minas, mas, cá para nós, não há favor nisso; poderia ter um
pouco mais.
Então, eu quero enveredar aqui e dizer o seguinte:
a Prefeitura gasta, das verbas vinculadas, mais do que aquilo que determina a
Lei Orgânica na área da Saúde, Ver. Toni. Isso está no resultado, mas o
Vereador não consegue enxergar.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido Ver.
Sebastião Melo, pelo qual eu tenho uma admiração enorme, quando V. Exª vai para
a tribuna, eu fico sempre atento, porque V. Exª tem uma oratória perfeita, pode
ter certeza absoluta.
O Ver. Mauro também não consegue enxergar a Av. Severo
Dullius, que está sendo duplicada, sairá lá do lado do BIG, vão entregar em
janeiro; ele não consegue ver. Não consegue ver também, que fica perto dele, a
Av. Grécia, que sai lá na Estrada do Forte. Eu quero convidar o Ver. Mauro
Pinheiro...
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Quem sabe V. Exª convida o Ver. Mauro Pinheiro para
fazer umas visitas a essas obras?
O Sr. Alceu
Brasinha: Convido V. Exª, e vamos nós três juntos para ele ver onde está sendo
feita a obra. Pode ser?
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Olha, eu já sei, eu ando por lá sempre, mas se V.
Exª quiser me convidar para mais uma vez ir lá, eu vou.
O Sr. Alceu
Brasinha: Com certeza.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Desde que o Ver. Mauro Pinheiro aceite o convite.
O Sr. Alceu
Brasinha: Ver. Mauro Pinheiro, o Ver. Melo e eu gostaríamos de lhe mostrar onde a
obra está sendo feita na Cidade.
O Sr. Mauro
Pinheiro: V. Exª permite um aparte?
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Concedo a V. Exª um aparte honradamente, Ver. Mauro
Pinheiro.
O Sr. Mauro
Pinheiro: Ver. Sebastião Melo, aceito fazer as visitas junto; faço sempre sozinho,
mas não tem problema nenhum acompanhar V. Exª e o Ver. Alceu Brasinha. Mas
quero dizer que o Pisa foi uma obra que começou no Governo do PT; as obras que
V. Exª enumerou – Asa Branca, Dique/Nazaré, Aeroporto – são todas obras cujos
recursos vêm do Governo Federal. Realmente, há muitas obras com recursos do
Governo Federal; poderia haver muito mais, se a Prefeitura não perdesse, porque
não tem projeto, assim como perdemos a Praça da Juventude da Vila Bom Jesus, e
muitas outras, Ver. Sebastião Melo, mas estamos dispostos a caminhar juntos. Um
abraço.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Primeiro, eu quero dizer o seguinte: se eu
estivesse fazendo julgamento no Tribunal do Júri, já estaria liquidado, porque
ele reconheceu que existem as obras. Então, não vou tratar disso, vou tratar se
é mais ou se é menos.
O Sr.
Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Sebastião Melo, primeiro o Ver. Pinheiro sempre vem com esse assunto da
Praça da Juventude. Eu lhe disse, Vereador, 13 Municípios, inclusive oito do PT,
assinaram o documento, mostrando a incompetência do Governo Federal, que faz
projetos que depois não são exequíveis. Oito Municípios do PT, dos 13,
assinaram o documento! Eu passei a V. Exª, os Prefeitos todos assinando.
E também o seguinte: quanto à verba federal, Ver.
Pinheiro, V. Exª tem que saber o seguinte: toda a população de Porto Alegre
paga, não vem de graça esse dinheiro; por isso
toda a população de Porto Alegre vai pagar, daqui a 15, 20 anos, mas vai pagar.
Do jeito que é colocado, parece que o dinheiro vem de graça. Não é a realidade.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Garcia, V. Exª
tem tempo para discutir esta matéria? Já se pronunciou?
Eu só queria concluir
o meu raciocínio, porque as contribuições foram muitas.
(Manifestações fora
do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Sebastião Melo prossegue discutindo o PLE nº 031/11, a partir
deste momento, por cedência de tempo do Ver. Nilo Santos.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu agradeço, Ver. Nilo. Eu quero continuar nesse mesmo diapasão. O povo
não compreendeu vocês, nas duas últimas eleições, com todo esse discurso, o
povo disse que não era para vocês ganharem a eleição. Então, vamos devagar com
essa discussão.
Quero voltar
ao seguinte, Sr. Presidente e Srs. Vereadores: o cobertor é curto em matéria
orçamentária. As demandas, Ver. Mauro, entram a cada minuto na Prefeitura, e as
soluções, às vezes, demoram anos.
Estamos
vivenciando mais um ano da chamada Marcha dos Municípios, liderada por um
gaúcho de alto quilate, chamado Paulo Ziulkoski, que é uma tentativa de
convencer o Poder Central de que não é mais possível fazer-se tantas obras
necessárias para uma cidade com tão parcos recursos. Essa lógica do passeio do
dinheiro público no Brasil tem custado muito aos cidadãos.
O meu amigo
Brasinha falava nas Emendas. Eu diria, Brasinha, que realmente essas Emendas
não têm feito bem para a Administração Pública. Conheço muitos Municípios que
não têm um metro de asfalto, que não têm um posto de pau a pique para a Saúde
Pública, que não têm uma Equipe de Saúde da Família, Ver. Dib, mas a gente
chega lá e tem um pórtico decorado, bonito, e perguntamos: “Prefeito, o que
está acontecendo? A entrada da cidade é maravilhosa, mas internamente falta
tudo. E ele diz: Olha, o Deputado mandou uma Emenda para cá”. Então, acho que
isso está errado.
Quero voltar à
discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que está fundamentada, como
primeira prioridade, Ver. Dib, na habitação; tem muita parceria com o Governo
Federal. Quero dizer que faltam terrenos hoje em Porto Alegre. Sou defensor de
forma contumaz de que devemos verticalizar as vilas de Porto Alegre, fazer com
que abram espaços públicos nas mesmas localidades, verticalizando, colocando
creche, campo de futebol. Por exemplo, a Vila Cruzeiro do Sul, sou francamente
favorável a que sejam assentadas as famílias da Cruzeiro do
Sul dentro da Cruzeiro do Sul, na abertura da Tronco/Cruzeiro.
O Governo prioriza a
Educação. Eu quero dizer a V. Exª, Ver. Mauro, que foram quase cinco mil novas
vagas nas creches de Porto Alegre nos últimos seis anos. É o suficiente? Não é
o suficiente, mas é um avanço extraordinário! As creches construídas pelo
Governo Fogaça foram avanços importantes, e todos os Partidos aqui da base
deram sustentação, porque este não é um Governo de um Partido, de um homem só!
Segundo, nós
priorizamos aqui a questão da Saúde. A Câmara Federal acabou de aprovar a
Emenda nº 29. Eu quero dizer aos senhores que, quando o Adib Jatene liderou
essa bandeira no Governo Fernando Henrique, dizendo que iriam criar um imposto
único, Ver. Oliboni, para financiar a Saúde, eu me posicionei favorável a isso,
porque acho que Saúde se faz com recursos públicos e se faz com gestão. Porém,
ao longo da execução dessa matéria, o Governo começou gastando, de início, 70
com a Saúde e 30 com aquilo que não era Saúde, e, quando chegou a extirpar a
CPMF, Ver. Elói, 55% já não era mais com Saúde.
Eu não sei o que a
Presidente Dilma vai fazer, porque os Governadores dizem que ela não fala, mas
os Governadores falam, e, entre o direito e o acesso, há um enorme dique. A
Emenda nº 29 tem que passar pelo Senado. Agora, eu preciso de recursos para a
Saúde, e, cá para nós, ninguém pode se eximir disso. O Governo do Estado, já há
um bom tempo, não vem repassando aquilo que dispõem as leis, e V. Exª sabe
disso, Ver. Oliboni. Isso aconteceu no Governo Rigotto, isso aconteceu no
Governo Yeda! Os Governos que mais chegaram perto do Governo do Estado,
gastaram 7% com a Saúde, e tem que gastar 12%. Eu duvido que o Tarso vá gastar
os 12% – e não é por falta de vontade!
Então, eu sustento
aqui, com toda a tranquilidade, que a Prefeitura está fazendo a sua parte, está
fazendo bem. Falta recurso? Falta. Faltará sempre recurso. Agora, cá para nós,
não é à toa que o povo, ao ser consultado, tem dito: o Governo está bem,
porque, dentro dos limites, o Governo está fazendo o que tem de fazer. Então,
portanto, fica aqui a minha contribuição de um debate que vai prosseguir, logo
ali na frente, com a Lei do Orçamento; e depois ela vai prosseguir com a lei
que deveria ser a mais importante.
Eu encerro, Srª
Presidente, dizendo o seguinte: eu vou convidar os 35 Vereadores para assinar
um Projeto de Lei e colaborar com ele, chamado Plano de Metas, que significa
que, se aprovado nesta Casa, qualquer Prefeita ou Prefeito que for eleito terá
de, em 90 dias depois de eleito, registrar o seu Plano de Metas. Isso está
acontecendo em algumas cidades, e eu quero dizer que tem traduzido cidadania
para essas cidades. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver.
Sebastião Melo.
Agradeço ao Ver.
Toni. Eu estava recebendo o Ministério Público, que nos convidou para o
Seminário de Combate à Corrupção, da campanha de combate à corrupção, e, para
segunda-feira, às 10h, uma atividade também importante sobre Reforma
Tributária, e quero dialogar, inclusive, com os Líderes para ver se nós
conseguimos viabilizar a nossa participação.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores; meus senhores, minhas senhoras, que teste extraordinário de
paciência! Nós estamos discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a qual se
baseia no Plano Plurianual que nós mesmos aprovamos. Mas aí eu vi Vereador ir
ali dizer que só aprovava as Emendas da situação e negar as da oposição. Só
dois Vereadores apresentaram Emendas, o Ver. Pedro Ruas e o Ver. Luiz Braz – eu
nunca apresentei Emendas à LDO, acho que não tenho que apresentar.
Por outro lado, o
Vereador vai ali e diz que a proposta da LDO, o total da proposta orçamentária
futura está menor que a do ano passado. Não é verdade! Aumentou exatamente o
valor da inflação, o IPCA; mas isso eles desconhecem.
Outro Vereador vai
ali e discute a execução orçamentária, e mostra que, em 2005, a Prefeitura
investiu 22%. Esqueceu ele de dizer que o Orçamento de 2005 foi feito em 2004,
pelo PT, que deixou um rombo de R$ 175 milhões, que tiveram de ser pagos pelo
Prefeito que assumiu em 2005. E esqueceu de dizer também, que, pela primeira
vez, a Prefeitura perdeu o crédito internacional, tendo que aguardar por dois ou
três anos para conseguir novamente crédito internacional. Eu nunca tinha visto
acontecer isso na Prefeitura Municipal. E olhem que eu conheço a Prefeitura
Municipal. Eu nunca tinha visto!
Então, o que o PT tem que vir aqui falar de emendas
ou não emendas! Nós temos é que aprovar a Redação Final da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, agora, à tarde, e entregar ainda hoje para o Prefeito, porque
nós discutimos “o sexo dos anjos” aqui na Câmara de Vereadores e nos esquecemos
das coisas que são essenciais para nós, ou seja, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, o Orçamento, e o Plano Diretor. Isso é o que nos interessa mais.
O resto são discussões infrutíferas que não levam a nada. Eu acho que nós
discutimos demais, mas não falamos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que está
baseada naquilo que nós já aprovamos, que foi o Plano Plurianual.
Acho que está na hora de votar! Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para
discutir o PLE nº 031/11.
O SR. TONI
PROENÇA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
todos os anos, quando se discute a Lei de Diretrizes Orçamentárias, ou a Lei
Orçamentária, eu venho a esta tribuna e digo, igualmente ao Ver. Cecchim, que
eu sou contra emendas, porque a cidade de Porto Alegre, há 20 anos, decidiu
construir o seu Orçamento através da consulta popular, com o Orçamento Participativo.
Mas hoje venho defender uma Emenda, proposta pela
Verª Fernanda Melchionna, Presidente da Frente Parlamentar de Incentivo ao
Livro e à Leitura. Essa Emenda nasceu da participação da Frente Parlamentar,
representando a Câmara de Vereadores, no Grupo de Trabalho proposto, por força
de decreto, pelo Prefeito José Fortunati, formado por membros do Governo
Municipal, por representantes desta Câmara de Vereadores e pela sociedade
organizada.
Esse GT teve um período, que se encerrou em agosto,
para apresentar ao Prefeito José Fortunati a proposta de um plano municipal de
incentivo ao livro e à leitura.
Isso foi feito, foi entregue ao Prefeito Municipal
no dia 15 de setembro. Portanto, o Prefeito, agora, vai enviar à Câmara de
Vereadores um projeto de lei para que possamos apreciar, e, se possível,
aprovar – acredito que vamos aprovar –, uma Lei que cria o Plano Municipal de
Incentivo ao Livro e à Leitura. Como isso ficou pronto no dia 15 de setembro, é
evidente que nós precisávamos abrir uma janela na LDO, para que, depois,
possamos construir, junto com o Governo, a possibilidade de colocar recursos no
Orçamento para que dê consequência efetiva à Lei que cria o Plano Municipal de
Incentivo ao Livro e à Leitura.
Por isso, negociamos – liderados pela Verª Fernanda
– com o Governo, esta Emenda, que a aprovou. Ela é uma Emenda sem valor, como
bem lembrou aqui o Ver. Sebastião Melo, que estabelece metas, e não valores.
Por isso venho defender esta Emenda, porque acho que só assim nós estaremos
protegendo o primeiro ano da Lei que vai aprovar o Plano Municipal de Incentivo
ao Livro e à Leitura, que se propõe a dar mais acesso ao livro, a construir
mediadores de leitura em toda a Cidade e instigar, incentivar a criação
literária.
Portanto, peço aos Srs. Vereadores que aprovem a
Emenda nº 10, que é a do Plano Municipal de Incentivo ao Livro e à Leitura.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Pelos aplausos do Líder do Governo, a orientação é
aprovar, Verª Fernanda, a emenda da Frente Parlamentar.
A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLE nº 031/11. (Pausa.) Desiste. A Verª Lurdes da Lomba está com a
palavra para discutir o PLE nº 031/11. (Pausa.) Desiste. O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11, por cedência de tempo do Ver.
DJ Cassiá.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; querido Ver. Dib, eu só vim aqui
refrescar a ideia, a memória do querido Ver. Mauro Pinheiro, que não consegue
lembrar, só olha para frente; para trás, não lembra nada. Nada do que aconteceu
nesta Cidade, e V. Exª se lembra que a Cidade estava quebrada, estava
sucateada, estava tudo. Entregaram-nos igual ao Grêmio, quando o Fábio Koff
assumiu: não havia nem talão de cheque para assinar. É assim, mas eles não
lembram! A Cidade estava cheia de “buracos participativos”, cheia de problemas,
não havia como andar na Cidade, era um horror! Mas eu quero aprovar hoje,
imediatamente, e não falo mais!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Em votação o PLE nº 031/11. (Pausa.)
O SR. PEDRO
RUAS: Peço só um minuto a V. Exª, porque o Sr. Neném, assessor especial que
está aqui, está examinando uma possibilidade de acordo, de que estamos tratando
eu e a Verª Fernanda Melchionna, com os Vereadores Nilo Santos, João Dib, Toni
Proença e Mauro Zacher, e, neste momento, há uma possibilidade concreta. Se
isso acontecer, em segundos, nós poderemos, do ponto de vista do PSOL, até
votar em bloco. Aí, nós desistiríamos do nosso destaque, e haveria a
desistência de um dos três destaques do Governo, se houver essa possibilidade.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, solicito que seja retirado o
destaque da Emenda nº 07 ao PLE nº 031/11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está retirado o destaque da Emenda nº 07 ao PLE nº
031/11.
Quanto ao pedido do Ver. Pedro Ruas, está
resolvido, Vereador?
O SR. PEDRO
RUAS (Requerimento): Em função disso, primeiramente, eu gostaria de
agradecer ao Vereador Líder do Governo, e, em seu nome, aos demais. Há um
destaque da Emenda nº 09, que o PSOL pediu, do qual desiste, obviamente. Nós
desistimos! Por outro lado, vamos votar, se possível, em bloco.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Certo. E, sobre a Emenda nº 01, mantém-se o destaque?
O SR. PEDRO
RUAS: Não fui eu que pedi destaque à Emenda nº 01, Excelência. O PSOL pediu
destaque da Emenda nº 09. Obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, Srs. Vereadores, foram retirados os
destaques às Emendas nos 07 e 09 ao
PLE nº 031/11. Restam os destaques das Emendas nos 01, 02, 08 e 11.
Em votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº
031/11. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação
da Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 031/11.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu apresentei esta Emenda, sabedor de
que ela não será aprovada, mas apenas para chamar a atenção do Plenário a
respeito de algo que ele faz de maneira equivocada. O Orçamento Participativo,
para constar no texto orçamentário, Ver. Beto Moesch, deveria ser reconhecido
pelo Governo como um órgão oficial do Governo. O Governo cita o Orçamento
Participativo como aquele que lhe dá as metas para os investimentos, mas nem
este Governo nem o Governo passado considera o Orçamento Participativo como um
órgão oficial do Governo, como o deveria considerar. Ele deveria determinar que
o Orçamento Participativo, a partir de uma determinada data, começasse a ser
uma das instituições oficiais do Governo Municipal. Os Governos não fazem isso,
mas citam o Orçamento Participativo, textualmente, para que ele seja aquele
órgão que enumera a colocação das verbas nas diversas rubricas. Acho que isso é
um equívoco, e por isso nós apresentamos esta Emenda apenas para retirar do caput do art. 2º, se eu não me engano, a
palavra “Orçamento Participativo”, deixando os investimentos exatamente como
estão. Só que eu acredito que, da forma como o texto foi mandado para cá, é um
erro grosseiro que se comete, e, como isso vem sendo cometido há muito tempo,
eu fiz questão de colocar esta Emenda. Acho que vou ser até um dos votos
isolados, mas faço questão de fazê-lo, porque, afinal de contas, este Plenário
precisa sempre saber o que está votando.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pela Verª Fernanda
Melchionna, a Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 031/11.
O SR. LUIZ
BRAZ: Eu retiro a expressão “Orçamento Participativo” do caput, porque entendo que ela só poderia estar ali... eu não retiro
as prioridades, estas continuam exatamente as mesmas, mas a expressão
“Orçamento Participativo” só poderia estar constando se formalmente ela já
estivesse sendo adotada pelo Governo. O Governo não a adota, só que assume como
prioridade aquilo que são as prioridades do Orçamento Participativo. Acho que,
primeiramente, deveria haver uma formalidade de adoção do Orçamento
Participativo por parte da Administração, para depois utilizá-lo, para
estabelecer as prioridades do próprio Orçamento. Por isso é que retiro ali a
expressão “Orçamento Participativo”, só por causa disso.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz, não tem amparo no Regimento, mas,
como é a primeira Emenda, esta é a sua fala. Como é a primeira Emenda, há uma
certa confusão. Vereadores, vamos nos concentrar, porque estamos votando a LDO.
O SR. LUCIANO
MARCANTÔNIO: Srª Presidente, gostaria de pedir aos colegas Vereadores que refletissem
sobre essa questão, porque nós sabemos a importância que tem o Orçamento Participativo.
Ele é um dos três eixos do Governo Fortunati: as obras da Copa, o serviço
básico e as obras do OP. É o maior orçamento da história do Orçamento
Participativo. São obras que serão executadas. Visando ao fortalecimento do OP,
eu peço que se vote contra a Emenda do meu colega e amigo Ver. Luiz Braz, e eu
tenho certeza de que é essa a orientação do Governo.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon) Senhores, nós estamos encaminhando a votação, por
favor.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª Presidente, apenas para esclarecer, a Emenda do Ver. Luiz Braz não é
uma emenda de conteúdo, é uma emenda de redação.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Elói. Há divergências. (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 06
votos SIM, 16 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº
031/11. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação
da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 031/11.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; eu, sinceramente, não entendi por
que o Parecer foi contrário a essa Emenda, Ver. Elói Guimarães, já que ela
tecnicamente está absolutamente correta. Se nós não colocarmos, Ver. João Dib,
um máximo para a contingência, nós vamos deixar todo o Orçamento contingenciado,
e eu acho um absurdo nós trabalharmos com todo o Orçamento contingenciado. O
que nós quisemos foi exatamente o seguinte: existe um patamar mínimo que é de
1% para a contingência, e estamos colocando um patamar máximo de 5% para a
contingência. Se outro Vereador quisesse propor um limite maior, eu até
aceitaria, mas aceitar que todo o Orçamento fique contingenciado, eu acho um
absurdo! Então, eu não esperava, realmente, que pudesse haver um Parecer
contrário a essa Emenda, porque todos os anos a gente estabelece limites
máximos para a contingência. Eu não entendi por que este ano resolveram não
colocar esse limite máximo para a contingência. Nós estamos apontando 5% de
limite máximo, que eu acredito que seja alguma coisa absolutamente lógica, ela
não é ilógica, ela está coerente com todos os outros Orçamentos que nós votamos
em anos anteriores. Eu estou, então, oferecendo agora a oportunidade para que a
gente também tenha limite um máximo para essa contingência, porque o Projeto
que veio para cá só aponta aquilo que é da legislação federal que é o limite
mínimo, que é de 1%, o limite máximo não tem, por isso que nós colocamos um
limite de 5%.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 031/11.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu estava fora do plenário, e, quando
aqui ingressei, as pessoas me afirmaram que havia um acerto entre PSOL e
Governo. Entendi que era um acerto geral no sentido da votação dessas Emendas.
Observei, pela votação anterior, que esse acordo, se existe, é parcial, e não
engloba o conjunto dos Vereadores aqui presentes, razão pela qual vim à tribuna
para me manifestar.
Acho que a Lei de Diretrizes Orçamentárias, nesse
particular, é extremamente abusiva ao colocar um limite mínimo para que se
estabeleça a reserva de contingência sem estabelecer um limite máximo, ficando
por absurdo o argumento que pode ser de 30, 40, 50%, porque não existe esse
regramento comum a todas as leis de diretrizes orçamentárias nos inúmeros anos,
Ver. Cecchim – V. Exª que me perguntou quantas leis de diretrizes votei; são
inúmeras, perdi a conta –, todas estabelecendo o mínimo e o máximo com relação
à possibilidade da reserva de contingência.
Então, se a única limitação é essa, do Ver. Braz –
e acho que ela é cabível –, se não existir nenhuma proposta em outro sentido,
entre a ausência de limitação, Ver. DJ Cassiá, e a limitação de 5%, acho que é
absolutamente coerente, razoável e recomendável que se aprove esta Emenda, Ver.
Garcia, porque nada mais é do que reproduzir, no texto legal, aquilo que em
texto semelhante ocorreu ano após ano. Lembro bem, e V. Exª nos ajudou nesse
particular, que no passado era 10%, e nós, aqui, reduzimos para 5%. Foi uma
luta titânica. Depois de vários anos reduzindo e sendo vetado, acabamos por
dobrar, e hoje, com a inflação cujo núcleo central é 4,5%, ao ano, termos uma
limitação que exceda esse número, é um exagero. Então, colocando-se 5% é mais
do que a previsão orçamentária que se pretende para
o ano que vem. Sob tais condições, voto de novo com o Ver. Braz. O Ver.
Sebastião dizia que o meu voto é liberal, mas eu digo que o meu voto é liberal,
mas responsável, que não quer dar uma ampla autonomia ao Poder Público, seja
ele, hoje, administrado pelo Prefeito José Fortunati ou, amanhã, por quem o
estiver administrando. O que não pode ter é essa ilimitada condição de fazer
essa operação, aqui limitada em 5% do Orçamento. Meus cumprimentos, Ver. Braz.
Vossa Excelência tem todo o meu apoio.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais
quem queira encaminhar.
Em votação a
Emenda nº 02, de autoria do Ver. Luiz Braz, destacada, ao PLE nº 031/11.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal,
solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 08, destacada, ao PLE nº 031/11.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 04 votos SIM e 21 votos NÃO.
Em votação a Emenda
nº 11, destacada, ao PLE nº 031/11. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 031/11.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, consta que existiria um acordo celebrado para que esta Emenda
fosse rejeitada. Como não participei desse acordo, e como já vi, em outros
episódios, esses acordos não funcionarem, eu acho que tenho que dar as minhas
razões, da tribuna, da posição que tomo em relação à matéria. Eu acredito,
honestamente, Vereadora Lurdes – V. Exª que representa a Lomba do Pinheiro,
onde esse assunto é extremamente relevante –, que nós não podemos oferecer
aquilo que nós não temos. Em verdade, acho que não precisava colocar na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, para que constasse no Orçamento, que iriam oferecer
terrenos para a classe trabalhadora. Esses terrenos já tinham que estar sendo
oferecidos agora, e não adianta botar na Lei de Diretrizes Orçamentárias, se
não se tem os terrenos. Não se tem os terrenos! Lamentavelmente, na área de
Porto Alegre, o plano do Governo Federal, o Programa Minha Casa, Minha Vida,
para a população carente, não existe! Não existe! As coisas trancam; trancam
especialmente numa Comissão que existe para olhar os projetos e acha que todos
são inadequados. Então, não podemos colocar na Lei de Diretrizes Orçamentárias
um sonho, o de oferecer, em venda, para a população de baixa renda, e não
precisava existir nada em lei, se existissem os lotes para serem oferecidos.
Então, que se criem os lotes, primeiro.
Então, eu voto
contra, porque acho que estimular a população de Porto Alegre a acreditar que
vai haver lotes populares para o nosso povo é embair essa população, é criar um
sonho que não se realiza. Então, vou votar contra e não é por acordo nenhum,
vou votar contra, porque acho a Emenda desnecessária, inadequada, mal colocada
e absolutamente aleatória, prevendo uma situação impossível de se realizar. Era
isso, Srª Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigado, Ver.
Reginaldo.
Em votação a Emenda
nº 11, destacada, ao PLE nº 031/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADA
a Emenda, com votos favoráveis da Verª Celeste, Verª Fernanda, Verª Lurdes e
Ver. Mauro Pinheiro.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL (Requerimento): Eu sugiro a votação em bloco das Emendas nos 06, 07, 10, 12, 13 e 14.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador, nós temos as Emendas nº 03 e a nº 05,
também com parecer favorável.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Estão destacadas?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Consulto o Líder, se podemos juntar as Emendas nº 03 e a nº 05 ao
bloco. Ver. Dib, as Emendas nº 03 e a nº 05 podem ser incluídas?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Emenda nº 03 é do Ver. Braz.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: São as Emendas nos 03, 05, 06,
07 e 10.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Emenda nº 05 é do Ver. Braz.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Então são as Emendas nos 03, 05, 06,
07, 10, 12, 13 e 14.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): As Emendas nos 06, 07 e 10
são do Ver. Pedro Ruas; as Emendas nos 13 e 14 são
as de Relator. Sim, Ver. Reginaldo Pujol.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu sei o que o diz a Emenda nº 10,
eu tenho compromisso com ela. Eu não sei das outras. Então, é uma quantidade
imensa de Emendas que se vota em bloco, e eu não quero obstruir o desejo dos
colegas de abreviar. Só quero dizer que, nessas condições, eu me abstenho de
votar. Não votarei nem a favor nem contra, porque a gente aprova as Emendas
aqui, na base desses acordos, depois o Prefeito veta, e vem pedir para nós
assegurarmos o Veto. Eu não vou votar, sem saber exatamente o que eu estou votando.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu vou colocar o Requerimento em votação,
Vereador; o Requerimento de votação em bloco. Ver. Toni Proença.
O SR. TONI
PROENÇA: É que essas Emendas todas foram acordadas com a Liderança do Governo e
com os seus autores, e todos aprovaram. Era só isso.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Feito o encaminhamento contra e a favor da votação
em bloco das Emendas citadas, colocamos em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, para a
votação do bloco composto pelas Emendas nos 03, 05, 06, 07, 10, 12, 13 e 14, ao PLE nº
031/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO, com o voto
contrário do Ver. Reginaldo Pujol.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor
Garcia, o bloco composto pelas Emendas nos 03, 05, 06,
07, 10, 12, 13 e 14, ao PLE nº 031/11. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 21
votos SIM, 01 voto NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação o PLE nº
031/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO, com as abstenções das Vereadoras Maria
Celeste e Fernanda Melchionna.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1786/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 017/11, de autoria do Ver. Mario Manfro, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao
senhor Tomaz Gilian Deluca Wonghon.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-08-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PR nº
017/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2798/11 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 121/11, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Rua João Estevão da Silva o
logradouro público cadastrado conhecido como Rua Silva, localizado no Bairro
Rubem Berta.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM em 10-10-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº
121/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Vamos deixar
o Título de Cidadão – PLL nº 127/10 – para uma Sessão em que a Verª Maristela
Maffei esteja presente.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Eu acredito
que seja até prudente que isso ocorra.
Srª Presidente, tenho
uma Moção que está em condições de ser votada, e, se tiver a concordância dos
demais – e terá– podemos votá-la. É uma Moção de Solidariedade ao Grupo
Habitasul por fomentar permanentemente a cultura, a educação e o crescimento
profissional de seus funcionários e familiares, situação essa reconhecida pela
Associação Brasileira de Recursos Humanos. É um prêmio de destaque que é
recebido por essa entidade pelo Jornal do Comércio, e há o apoio da nossa
Frente de Defesa da Leitura para que essa proposição seja aprovada.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 081/11 – (Proc. Nº 03451/11 – Ver. Reginaldo Pujol) – Requer Moção de Solidariedade ao Grupo Habitasul por fomentar
permanentemente a Cultura, Educação e crescimento profissional dos seus
funcionarios e familiares.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, para o encaminhamento da
Moção de Solidariedade ao Grupo Habitasul, por fomentar
permanentemente a cultura, a educação e o crescimento profissional dos seus
funcionários e familiares. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 18h31min): Encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3061/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
inclui art. 13-A na Lei Complementar nº 373, de 25 de janeiro de 1996 – que
dispõe sobre o serviço funerário no âmbito do Município de Porto Alegre –,
obrigando cemitérios e crematórios a disponibilizar aos usuários, durante a
realização de velórios, serviço de segurança e comércio de alimentação.
PROC.
Nº 3169/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/11, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que
inclui inc. XXXVI no caput do art. 25 da Lei Complementar nº 12, de 7 de
janeiro de 1975 – que institui posturas para o Município de Porto Alegre e dá
outras providências –, e alterações posteriores, incluindo a ingestão de
bebidas alcoólicas no rol de infrações previstas aos veículos de transporte
coletivo ou de carga.
PROC.
Nº 3172/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/11, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Arildo Bennech Oliveira.
PROC.
Nº 3229/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 031/11, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao
senhor Carlos Aparício da Silva de Aguiar.
PROC.
Nº 1510/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 018/11, que declara de utilidade pública a
Sociedade Tênis, Educação e Participação Social (STEPS).
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2929/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 149/11, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
altera o caput do art. 2º, o inc. I do art. 5º, o inc. I do caput
do art. 6º, o inc. III do caput do art. 7º, o inc. I do art. 8º, o caput
do art. 9º, o caput do art. 10, o art. 11, o inc. III do art. 12 e o
art. 13 da Lei nº 10.728, de 15 de julho de 2009 – Portal Transparência Porto
Alegre –, adequando-os à técnica legislativa, com base na Lei Complementar nº
611, de 3 de fevereiro de 2009.
PROC.
Nº 3167/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 150/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
inclui a efeméride Dia da Reforma Luterana no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário
de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e
organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no dia
31 de outubro.
PROC.
Nº 3190/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 030/11, de autoria do Ver. Mario Manfro, que concede o Troféu Câmara Municipal de
Porto Alegre à Guarida Locadora e Mediadora de Imóveis Ltda.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª
Presidente da Casa, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, venho defender um Projeto de minha
autoria, que pretende regrar o trabalho nos cemitérios e crematórios em Porto
Alegre. Esse Projeto busca, se aprovado, obrigar os cemitérios e crematórios de
Porto Alegre a oferecerem as mínimas condições para um dos momentos em que
qualquer um que por ele passe certamente vai estar fragilizado. Não conheço
ninguém que vá a um cemitério ou a um crematório velar um ente querido e que esteja
feliz.
Pasmem, mas, há
poucos dias, participei de um velório, e, às 22h30min, o representante do
cemitério adentrou o local em que estava sendo velada essa pessoa conhecida,
recomendando que fechássemos a sala, o local, e que retornássemos no dia seguinte,
em nome da segurança, tendo em vista a quantidade de assaltos que estavam
ocorrendo naquele cemitério.
Verifiquei que isso
não ocorre só naquele cemitério, e aqui não quero citar o nome, em respeito até
aos demais locais, e não temos a necessidade de nominar, até porque alguns já
se organizaram, colocando circuitos internos, e, a partir de determinado
momento, fecham o portão, e as pessoas que estão lá na capela conseguem
monitorar quem está chegando, e autorizam a entrada ou não.
Então, além desse
sistema de segurança, de segurança pessoal, estamos propondo o circuito
interno. Parece-me que são as mínimas condições que alguém que tenha uma
concessão pública deve oferecer à sociedade. O serviço de cemitério e
crematório é uma concessão pública. Sendo uma concessão pública, quem tem essa
autorização tem de oferecer as mínimas condições à sociedade.
Então, por outro
lado, também estamos incluindo no Projeto o serviço de lancheria, porque não
tem como, de repente, num lugar longe do Centro da Cidade, Ver. Elói, nós
aceitarmos que, lá dentro do cemitério, não tenha um serviço de lancheria, que
venda água potável para as pessoas consumirem durante a madrugada.
Eu sei que, daqui a
pouco, muitos vão dizer: “Mas o Governo Municipal, Estadual, Federal, têm de oferecer
Segurança”. Nós sabemos que é competência desses órgãos, sim, oferecer a
segurança pública, mas, no local, que é um local restrito, é uma área privada
com concessão pública, é obrigação, sim, de quem tem essa autorização, oferecer
as mínimas condições de segurança e de conforto, principalmente, como eu dizia
antes, num momento em que cada um que passa por aquela situação ali, está
fragilizado.
Nós não podemos
aceitar que a sociedade seja pega de surpresa, até em razão de que muitos só
acabam tomando conhecimento dessa condição posta, hoje, por muitos cemitérios e
crematórios, quando lá participam. Isso não é divulgado; eu sou Vereador da
Cidade e acabei tomando conhecimento, porque participei de um velório; senão eu
não teria tomado conhecimento; eu não saberia, enfim, como estão funcionando os
cemitérios e crematórios de Porto Alegre.
Quero dizer que não
são todos, mas, em respeito àqueles, deixo de nominar, mas isso já se espalhou
pela Cidade. Na Grande Porto Alegre, em muitos cemitérios, também há essa
prática, e acho que nós não podemos aceitar essa condição. Vou repetir: é uma
concessão pública e quem tem concessão pública tem de oferecer as mínimas
condições; senão, não teria razão de ser. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, é
um bom Projeto o do Ver. Bernardino Vendruscolo, mas eu trago à análise e ao
exame da Casa, Ver. Pujol, uma matéria que pensei já tivéssemos sobre ela, nós,
Vereadores, ao longo do tempo e da história, legislado, mas não legislamos.
Trata-se, exatamente, da proibição de adentrar-se o sistema de transporte
coletivo e seletivo da Cidade e fazer-se a ingestão de bebida alcoólica.
Eu fiz uma pesquisa à legislação, e, então, estamos
propondo este Projeto absolutamente singelo, que proíbe que se tome o ônibus, o
táxi, o lotação, e se faça a ingestão de bebida alcoólica.
Eu tenho tido depoimentos de pessoas que vêm dos
bairros da Cidade, ouvido sobre as inquietações que determinadas pessoas
causam, com situações de desconforto àqueles que pagam a sua passagem e que são
admoestados por alguém que, muitas vezes, ingressa nos ônibus com uma garrafa,
com uma latinha, e ingere a bebida alcoólica no ônibus. Tivemos depoimentos de
pessoas que viram derramarem a bebida sobre as pessoas, no assoalho do ônibus,
etc. e tal.
Então, isso é inadequado. E nós temos que ter a
visão, ao legislar, do bem-estar das pessoas. A qualidade de vida das pessoas
está, inquestionavelmente, sujeita a regras que permitam que essas pessoas não
sejam admoestadas, não sofram nenhum tipo de constrangimento, mormente quando
se trata de senhoras, de idosos, de todos, enfim.
Então, essa é a nossa iniciativa, de cuja Exposição
de Motivos procedo à leitura (Lê.): “O presente Projeto de Lei, proibindo que
pessoas tomem bebidas alcoólicas em ônibus, lotações e táxis, visa assegurar
que os passageiros não sejam admoestados por atitudes e comportamentos inadequados,
via de regra, de usuários que já embarcam embriagados ou que se embriagam
durante a viagem, causando toda a ordem de desconforto. A bebida, muitas vezes,
é derramada no soalho do veículo, em bancos e até mesmo sobre os passageiros,
pelo natural balanço do veículo, causando náuseas e fazendo com que pessoas,
quer sentadas ou no corredor, procurem se afastar, o que nem sempre é possível,
tendo em vista os ônibus estarem lotados. É injustificável que pessoas não
tenham comportamentos compatíveis, que em consequência, tornam a viagem
extremamente estressante”.
Portanto, esta é a iniciativa que estamos
submetendo ao debate, à análise, enfim, ao acurado debate da Casa, para,
afinal, integrarmos a nossa legislação. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, a Pauta, hoje, possui um bom número de
assuntos que são colocados em discussão preliminar. Mais precisamente, em 1ª
Sessão, nós temos cinco projetos; e um em 2ª Sessão, que é o PLL nº 149/11, de
autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que altera o caput do art. 2º, o inc. I do art. 5º, o inc. I do caput do art. 6º, e outros – Portal
Transparência Porto Alegre –, adequando-os à técnica legislativa, com base na
Lei Complementar nº 611, de 3 de fevereiro de 2009. Pela extensão do projeto,
não vamos dele nos ocupar assim, de imediato, sem uma melhor reflexão sobre
ele. Já solicitamos à nossa assessoria que reserve uma atenção especial a esse
Projeto, já que a matéria transparência nos interessa sobremaneira.
De outra banda, em 1ª Sessão de Pauta, nós temos,
além de outro Projeto do Ver. Mauro Pinheiro, um que concede o título de
Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Arildo Bennech Oliveira, fato esse que tem a
nossa mais ampla solidariedade, apoiamos e subscrevemos a proposta. Trata-se de
um panificador, líder da sua categoria, com todas as características para
receber essa honraria de cidadão de Porto Alegre, porque, apesar de ele não ser
aqui residente, ele vive a cidade de Porto Alegre diuturnamente, tanto que
grande parte das suas atividades aqui ocorrem ou são voltadas para Porto
Alegre, especialmente a sua panificação, cuja produção central encontra-se no
Município de Viamão.
De outro lado, o Ver. Bernardino Vendruscolo já iniciou o debate sobre o seu Projeto que dispõe sobre o serviço funerário no âmbito do Município de Porto Alegre, obrigando cemitérios e crematórios a disponibilizar aos usuários, durante a realização de velórios, serviço de segurança e comércio de alimentação. Eu quero dizer ao Ver. Bernardino Vendruscolo que, desde o momento em que eu vi apregoado este Projeto, eu procurei um contato com a Associação Nacional das Empresas Funerárias e com o Prodecon local, buscando mais elementos sobre isso, porque eu acho, em princípio, que essa regra, colocada de forma absoluta, nos gera algum tipo de preocupação. Nós temos pequenos cemitérios em Porto Alegre que não podem ser submetidos às mesmas regras que os grandes cemitérios. Há que ter uma separação. Aquele cemitério de Belém Novo – o Ver. Mario Fraga não está aqui presente no momento – ou o cemitério da Vila Nova, ou até mesmo o Cemitério Espanhol têm utilização muito restrita. Então, para eles criarem todo esse instrumental que os outros cemitérios já criaram espontaneamente, até porque lhes é conveniente manter num grande cemitério o serviço de fornecimento de alimentação, bar, restaurante, lancheria, porque é lucrativo. Isso é alugado; nessas circunstâncias, eles têm resultado econômico-financeiro, Ver. Elói. Agora, nos pequenos, essa situação já muda de figura completamente. Nem sei se no Cemitério São João essas regras se ajustariam, mas, com certeza, sei que nos bairros Belém Novo e Vila Nova elas não se ajustam. Claro, a senhora que representa a Lomba, aquele Cemitério Jardim da Paz tem tudo isso e mais alguma coisa, porque lá se justifica, em razão do grande número de sepultamentos que lá ocorrem. No único crematório existente, hoje, em Porto Alegre, se encontra tudo isto e mais alguma coisa: grande lancheria, grande serviço de alimentação, portaria permanente durante as 24 horas, porque a clientela desse crematório é de poder aquisitivo mais elevado e, obviamente...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...os serviços que ali se
realizam são acompanhados de pessoas de idêntico poder aquisitivo. Então, Ver.
Bernardino, que não me honrou com a audiência no meu pronunciamento, eu o
informo que estou diligenciando junto a esses segmentos a maior soma possível
de informações para fazer um bom debate sobre a conveniência, sobre a
relevância deste Projeto, se encaminhado para Casa, já que, sob o ponto de
vista jurídico, eu não tenho dúvida nenhuma de que ele é legal e regimental.
Vamos discutir o mérito. Era isso, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. NELCIR
TESSARO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste, venho a esta tribuna, colegas
Vereadores, em discussão preliminar de Pauta, também em apoio ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo, PLCL nº 018/11, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que se preocupa justamente com os familiares, que têm que
permanecer nos cemitérios e crematórios à noite, bem como com os visitantes,
que, muitas vezes, não podem ir aos cemitérios e crematórios durante o dia para
poderem se despedir de um ente querido. Digo isso, porque, há poucos dias, fui
ao Crematório São José, à noite, claro que não estava fechado completamente,
mas tive de fazer uma identificação, justamente pela preocupação de quem está
adentrando o local. Acho que os cemitérios, que são de utilidade pública,
deveriam colocar ampla segurança e permanecerem abertos durante 24 horas, para
facilitar a que as pessoas possam ali conviver, e também ter um espaço com
lanchonetes para o seu bem-estar, naquele momento tão triste. É inadmissível
que se tenha um único momento para fazer visitas: durante o dia. É inadmissível
que agora até a nisso tenhamos restrições.
Quero dizer, Ver. Bernardino, que vem em boa hora
este seu Projeto, porque é muito importante nós adequarmos a legislação e
fazermos com que isso fique mais humanizado, justamente nessa hora difícil de
um velório, para que possamos abraçar nossos amigos que estão lá, prestando a
última homenagem ao seu ente querido.
Quero falar também sobre o PR nº 030/11, de autoria
do Ver. Mario Manfro, concedendo o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à
Guarida Locadora e Mediadora de Imóveis Ltda. Acho que vem em boa hora pelo que
essa empresa e seus sócios prestam a Porto Alegre, bem como o que fazem na
parte da responsabilidade social. O Dr. Ederon, que foi muitos anos da Caixa de
Assistência dos Advogados de Porto Alegre, onde muito trabalhou para a
implantação das farmácias e também foi o criador, juntamente com o Ver.
Sebastião Melo, na época da Caixa de Assistência dos Advogados, do benefício de
auxílio-doença e auxílio-escolar para filhos de advogados que perderam seus
pais, ou de advogados que estão impedidos, por problemas de saúde, de bem
desempenhar suas profissões, e, assim, apresentando problemas de receita.
Acho que pessoas que pensam na responsabilidade
social, pessoas que fazem com que haja progresso na Cidade, como essa
imobiliária, essa empresa faz com que o bom nome de Porto Alegre esteja em
todos os cantos do Rio Grande, como no nosso Litoral, com seriedade, estando
até aos domingos, atendendo às pessoas que os procuram.
Eu quero aqui cumprimentar o Ver. Mario Manfro por
esse Projeto de Resolução, e dizer que ele tem todo o nosso apoio pela pessoa
que é o Sr. Ederon Amaro, o homem que revolucionou essa empresa, e fez com que
hoje os advogados tenham os seus benefícios, tanto assistenciais, como os
filhos dos advogados tenham benefícios, podendo diminuir os custos escolares.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, foi com muita honra que apresentei o Projeto que inclui a
efeméride Dia da Reforma Luterana no anexo à Lei nº 10.904/02, de 31 de maio de
2010, que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre. Os luteranos chegaram ao Rio Grande do Sul em 1824,
e aqui se organizaram na sua Igreja, nas suas comunidades. Uma característica
dos luteranos é, justamente, Verª Lurdes – que nos honra com a sua audiência e
presença nesta Sessão, e também iniciando o seu mandato aqui nesta Câmara –, a
solidariedade. Nós temos muitos exemplos aqui em Porto Alegre da solidariedade
luterana. Então, sem dúvida, a minha proposição é que seja festejada essa data
pela importância para a comunidade luterana, mas não só para a comunidade
luterana, mas para toda população de Porto Alegre. Para, justamente, enfatizar essa
presença e também para que os porto-alegrenses agradeçam o bem distribuído
pelos luteranos para a nossa Capital.
Na minha Exposição de Motivos, eu falo que a
presença dos luteranos em meio à comunidade cristã, no Brasil, em Porto Alegre
especialmente, é uma graça de Deus, que se traduz num trabalho de realização
das pessoas e das comunidades como filhos de Deus, capazes, e merecedoras de
vida digna, construtoras do bem comum e herdeiros da felicidade prometida. A
obra que realiza a Igreja Luterana, impõe a criação do Dia da Reforma Luterana
em nossa Capital, e a data escolhida, Ver. João Antonio Dib, é o dia 31 de
outubro, que comemora a assinatura da Declaração Conjunta, documento sobre a
Doutrina da Justificação da Federação Luterana Mundial, assinado com a Igreja
Católica – a minha Igreja, a Igreja Católica –, em 31 de outubro de 1999, na
cidade de Augsburgo, estabelecendo que as confissões católicas e luteranas
professem a mesma doutrina sobre a justificação por graça e fé, embora com
diferentes desdobramentos, significando um grande passo para o ecumenismo entre
as denominações cristãs.
Portanto, espero que os meus colegas, aqui nesta
Casa, analisem, e depois levem à aprovação esse Projeto que agradece a
contribuição dos luteranos em nossa Capital.
O segundo Projeto sobre o qual eu gostaria de falar
é de autoria do Ver. Mario Manfro, que concede o Troféu Câmara Municipal de
Porto Alegre à Guarida Locadora e Mediadora de Imóveis Ltda., que tem como seu
grande líder o Dr. Ederon. O Troféu Câmara Municipal é tão importante, que a
Câmara põe o seu nome nesse Troféu, e cada Vereador pode apenas conceder um por
mandato, Verª Lurdes, de tão qualificado que é esse prêmio. Então, eu quero
cumprimentar a Guarida e o seu grande líder, Dr. Ederon Amaro Soares da Silva,
por esse Projeto do Ver. Mario Manfro que, sem dúvida, será aprovado pela
unanimidade desta Casa. Muito obrigado, Srª Presidente, Verª Sofia.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver.
Nedel.
Nós estamos terminando
a nossa Sessão, mas eu quero fazer coro com todos os que elogiaram o Sr. Ederon
e a Guarida. Estou inclusive aqui com o flyer
da Associação dos Amigos, Parentes e Portadores de Ataxias Dominantes – AAPPAD,
em que consta o seguinte título: “Ataxias Dominantes, por enquanto não tem
cura, mas tem informação, apoio e solidariedade”. É um trabalho decisivo, que a
Guarida apoia, para as pessoas que têm ataxia dominante, que é uma doença ainda
sem aparato de prevenção, para se estabelecer um diagnóstico precoce, para se
estabelecerem políticas de melhoria corporal e enfrentar essa perda das funções
corporais que a ataxia traz. Ver. Nedel, a Guarida apoia, firme e forte, a
organização da AAPPAD, que atua na prevenção e na informação sobre as ataxias
dominantes, portanto é um justo prêmio para essa entidade.
Boa-noite,
bom descanso a todos! Obrigado aos nossos funcionários, às nossas funcionárias
taquígrafas. Bom descanso na quarta-feira, pois não teremos Sessão, mas,
amanhã, ocorrerão intensas Comissões. Na quarta-feira, a nossa Sessão será no
Brique, das 10h às 13h. Todos estão convidados para passar lá com o seu
chimarrão.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 18h59min.)
* * * * *